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Aura Minerals (AURA33): Como a aquisição da Big River Gold pode afetar dividendos?

20 abr 2022, 15:23 - atualizado em 20 abr 2022, 15:23
Ouro Aura Minerals
A XP avalia que a aquisição aumentaria a produção da Aura em 35% e os recursos em 42%, representando uma “oportunidade de crescimento substancial” (Imagem: Reprodução/Aura Minerals)

A aquisição da Big River Gold, proprietária do Projeto Borborema Gold no Brasil, por A$ 91,7 milhões (US$ 68 milhões) deve agregar valor à Aura Minerals (AURA33), avalia a XP Investimentos.

Mencionando um Estudo de Viabilidade de 2020 sob o regulamento JORC australiano, a corretora afirma que a transação representa uma oportunidade de criação de valor, com VPL (valor presente líquido) estimado de US$ 287 milhões e recurso de 729 mil onças equivalentes de ouro (GEO, na sigla em inglês).

“Usando o VPL estimado pelo estudo acima mencionado, a Aura estaria comprando um ativo a 0,2 vez P/NAV (preço sobre valor líquido do ativo), enquanto atualmente negocia a 1,1 vez P/NAV. Usando uma métrica de EV/Recursos (valor da empresa sobre recursos), o preço da Borborema é de 0,2 milhão/kGEO contra 0,8 milhão/kGEO da Aura hoje. Portanto, embora os parâmetros estejam sujeitos a alterações para cumprir a lei canadense, vemos o projeto como um acréscimo de valor para a Aura”, afirmam Andre Vidal, Victor Burke e Thales Carmo, do time de análise da XP.

A XP avalia que a aquisição aumentaria a produção da Aura em 35% e os recursos em 42%, representando uma “oportunidade de crescimento substancial”. Segundo a corretora, a aquisição pode aumentar substancialmente o tamanho da Aura e diversificar seu portfólio, aumentando por consequência a relação P/NAV.

Nesta quarta-feira (20), a Aura afirmou que a aquisição do ativo poderá colocá-la entre as grandes produtoras globais de ouro.

Rodrigo Barbosa, CEO da Aura, disse à Reuters que o projeto Borborema poderia ter construção iniciada no ano que vem.

Menos dividendos?

A aquisição deve ser totalmente financiada pelo caixa da Aura, afirma a XP. Isso aumentaria a dívida líquida/Ebitda para o fim de 2022, de -0,3 vez para 0 vez, ainda mantendo a distribuição de dividendos nas estimativas.

Porém, se a Aura trabalhar com os projetos Matupá e Borborema ao mesmo tempo, a XP acredita que a remuneração aos acionistas pode ser afetada na fase de maior capex (investimentos).

Apesar da possibilidade de iniciar as obras do projeto Borborema em 2023, Barbosa disse à Reuters que a decisão será tomada apenas na segunda parte de 2022, dependendo de outros projetos em andamento.

A ideia, afirmou o CEO, é continuar crescendo ao mesmo tempo que mantém um balanço saudável e continua pagando dividendos.

A XP tem recomendação “neutro” para as ações.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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