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Aura Minerals (AURA33) é uma opção interessante para tempos de incerteza, avalia Safra

01 mar 2022, 23:47 - atualizado em 02 mar 2022, 0:29
Aura Minerals
O Safra tem recomendação de compra para os BDRs da Aura Minerals (Imagem: Divulgação/Aura Minerals)

Em tempos de incerteza, as ações da Aura Minerals (AURA33) aparecem como uma opção interessante de investimento, segundo o Safra.

De acordo com o banco, investir na Aura permite uma exposição ao ouro – que, junto com outros metais, tem registrado novas altas, impulsionadas pelo cenário adverso criado pela guerra no Leste Europeu – e ao potencial de valorização dos projetos da empresa.

Além disso, o Safra destaca que a companhia reportou bons números trimestrais, com receita líquida recorde de US$ 116,3 milhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$ 56,1 milhões no quarto trimestre de 2021.

O lucro líquido ficou em US$ 22,6 milhões, representando uma queda em relação aos US$ 57,5 milhões reportados nos últimos três meses de 2020.

Segundo a Aura, os fatores que levaram a uma redução na linha foram:

  • imposto de renda corrente e diferido de US$ 13,7 milhões sendo registrado no quarto trimestre de 2021, uma diminuição de US$ 28,1 milhões em relação a 2020, quando a companhia reconheceu US$ 24,9 milhões em ativos fiscais diferidos no EPP
  • um aumento de US$ 3 milhões nas despesas com obrigações de retirada de ativos, devido a atualizações e mudanças nas estimativas de custos futuros de fechamento de determinadas minas atualmente em estágio de tratamento e manutenção.
  • aceleração da dívida do Pandion emGold Road, que aumentou os encargos financeiros com juros acumulados no trimestre em cerca de US$ 3 milhões.

Produção e investimentos

No trimestre, a Aura produziu 77,6 mil onças equivalentes a ouro (GEO), com Aranzazu e San Andrés registrando a maior produção trimestral desde que foram adquiridas.

O Safra chama atenção para o guidance de 2022, divulgado junto com os resultados.

“A empresa espera capex (investimentos) entre US$ 100 milhões e US$ 110 milhões em 2022, acima dos US$ 78 milhões em 2021, com mais da metade dos gastos vinculados a novos projetos e expansão, especialmente o projeto Almas”, destaca o banco, em relatório divulgado na sexta-feira (25).

O Safra tem recomendação de compra para os BDRs (Brazilian Depositary Receipts, certificados emitidos no Brasil que possuem como lastro ações emitidas no exterior) da mineradora, com preço-alvo de R$ 73,30.

Além das perspectivas positivas para os preços do ouro, o Safra cita como pontos positivos para investir na empresa o bom histórico, a baixa alavancagem e a forte geração de caixa, o que se traduz em dividendos.

Analistas lembram, no entanto, que existem riscos ambientais e de segurança inerentes às atividades de mineração, além de riscos geológicos e de execução.

Mina San Andrés

Nesta terça (1º), a Aura divulgou um fato relevante informando que tomou conhecimento de um comunicado emitido pelo Ministério de Energia, Recursos Naturais, Meio Ambiente e Minas de Honduras.

A nota do governo de Honduras comunica o cancelamento de aprovações de licenças de exploração extrativistas e declara o território hondurenho livre de atividades de mineração a céu aberto.

A Honduras também decidiu proceder com a revisão, suspensão e cancelamento de licenças ambientais, permissões e concessões, mediante aprovação de disposição de moratória mineira para exploração e extração metálica e não metálica. O país decidiu que áreas de alto valor ecológico serão ocupadas pelo governo para garantir sua conservação.

A Aura disse que não espera efeitos imediatos na produção de San Andrés e está trabalhando para entender as implicações da decisão do governo hondurenho.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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