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Austrália, Malásia, Cingapura e África do Sul irão testar moedas digitais transnacionais

02 set 2021, 8:10 - atualizado em 02 set 2021, 8:10
Infelizmente, o foco dessas as CBDCs transfronteiriças não será o varejo, e sim o atacado (Imagem: Freepik/vectorjuice)

Como parte do novo Projeto Dunbar, do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), os bancos centrais da Austrália, Malásia, Cingapura e África do Sul estão desenvolvendo protótipos de plataformas para a negociação de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) transnacionais.

Nesta quinta-feira (2), o BIS anunciou a iniciativa, descrevendo como serão os protótipos:

Essas plataformas multiCBDCs vão permitir que instituições financeiras transacionem diretamente entre si com moedas digitais emitidas por bancos centrais participantes, eliminando a necessidade de intermediários e cortando o tempo e o custo de transações.

O Núcleo de Inovação (“Innovation Hub”) do BIS em Cingapura irá liderar o projeto. Conforme descrito, os protótipos irão funcionar exclusivamente em aplicações de  atacado e institucionais em vez do varejo.

Os objetivos finais são os mesmos de qualquer caso de uso para CBDCs do atacado: intervalos mais rápidos de liquidação em pagamentos transnacionais sem os atuais atritos. Nos últimos anos, esse tipo de moeda digital se tornou um interesse central do BIS.

Historicamente, o BIS atuou como “o banco central dos bancos centrais”, um papel que mudou drasticamente desde sua fundação em 1930.

Novas tecnologias, como CBDCs, são um interesse óbvio dessa missão, mas nem todos estão confiantes da capacidade de uma CBDC em melhorar outros avanços a sistemas tradicionais de pagamentos, como a rede SWIFT.

Em um discurso recente, Christopher Waller, diretor do Federal Reserve dos EUA, se referiu às CBDCs como “uma solução em busca de um problema” enquanto Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, afirmou que está “realmente indeciso” sobre o benefício final dessas moedas digitais.

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