Internacional

Autoridades do BCE concordam em examinar alta do euro

10 set 2020, 14:29 - atualizado em 10 set 2020, 14:29
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Quatro fontes do Conselho do BCE disseram que as autoridades reconheceram os efeitos negativos da força do euro sobre a inflação e o crescimento (Imagem: Unsplash/@charlottevenema)

As autoridades do Banco Central Europeu concordaram nesta quinta-feira em examinar a valorização do euro, julgando que ela está amplamente em linha com os fundamentos econômicos e temendo qualquer indício de uma “guerra cambial” com os Estados Unidos, disseram quatro fontes que participaram da reunião de política monetária.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a taxa de câmbio foi amplamente discutida e será cuidadosamente monitorada uma declaração que fez o euro  subir a 1,1916 dólar, já que os investidores consideraram o posicionamento do banco inesperadamente tímido.

Quatro fontes do Conselho do BCE disseram que as autoridades reconheceram os efeitos negativos da força do euro sobre a inflação e o crescimento.

Mas eles disseram que há um consenso geral de que isso reflete com precisão uma melhor situação econômica na Europa e expectativas de uma postura de política monetária flexível do Federal Reserve.

Eles também citaram o aumento da confiança no bloco monetário de 19 países após sua resposta conjunta à pandemia, bem como a incerteza antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro mais um argumento contra uma ação precipitada sobre a moeda.

“Não somos indiferentes (à taxa de câmbio), mas não estamos preparados para iniciar uma guerra cambial por isso”, disse uma das fontes.

Falando após a reunião, duas fontes disseram que exergam o patamar de 1,20 dólar como não muito distante da taxa de câmbio de equilíbrio no momento.

Um porta-voz do BCE não quis comentar.

Uma das fontes disse que as autoridades diferem quanto às perspectivas econômicas, com os funcionários de economias centrais como Alemanha, França e Holanda apresentando um tom otimista, enquanto seus pares do sul da Europa estão mais pessimistas.

O economista-chefe do BCE, Philip Lane, estava no meio-termo, acrescentou a fonte.

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