Autoridades repreendem Three Arrows Capital pelo fornecimento de informações falsas

A Autoridade Monetária de Cingapura (MAS, na sigla em inglês) repreendeu o fundo de hedge de criptomoedas Three Arrows Capital (3AC), nesta quinta-feira (30), por fornecer informações falsas e exceder o limite de ativos sob gestão permitido pela autoridade regulatória.

Em 2013, a autoridade concedeu ao fundo de hedge um status de registro sob as condições de que os ativos não excedessem US$ 250 milhões.

No entanto, segundo um comunicado, a autoridade disse que a companhia ultrapassou o limite de ativos sob gestão entre julho de 2020 e setembro de 2020, e entre novembro de 2020 e agosto de 2021.

Three Arrows Capital também foi repreendida por falhar em notificar as mudanças nas diretorias e participações, além de não notificar a autoridade regulatória sobre o acionista comum da 3AC no exterior, Su Zhu.

Zhu é um dos cofundadores do fundo de hedge e o atual diretor da companhia.

A autoridade de Cingapura acrescentou que está avaliando se houve outras quebras de seu regulamento, visto que há uma especulação de que Three Arrows Capital possa não ter mais liquidez.

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Three Arrows Capital tem semana turbulenta

A repreensão da autoridade de Cingapura acontece no dia seguinte à emissão de uma ordem para liquidação da Three Arrows Capital.

Ontem (29), um tribunal das Ilhas Virgens Britânicas ordenou que o fundo de hedge fosse liquidado. Segundo o informe, sócios da Teneo Restructuring estão tratando a insolvência da companhia.

Na segunda-feira (27), Voyager Digital notificou 3AC pela inadimplência de um empréstimo superior a US$ 670 milhões.

O empréstimo tomado pela Three Arrows Capital foi de US$ 350 milhões na stablecoin USDC e 15.250 bitcoins (BTC), totalizando mais de US$ 673 milhões com a cotação atual.

O cenário para o fundo de hedge foi agravado após as corretoras de criptomoedas FTX, BitMEX e Deribit terem liquidado suas posições na Three Arrows Capital na última semana.

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