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Avaliações de português reprovam 50% dos jovens em processos seletivos

09 abr 2019, 16:08 - atualizado em 09 abr 2019, 16:08
Segundo dados do IBGE, o desemprego entre 18 e 24 anos é de 25,2% (Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil)

A língua portuguesa virou um grande empecilho para quem procura vagas no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa realizada pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), com 9.149 participantes, 50,3% deles obteve desempenho abaixo do esperado, enquanto 49,7% foram aprovados nas entrevistas.

A avaliação foi composta por um ditado online de 30 palavras do cotidiano. Caso o candidato errasse sete vezes, seria desclassificado. Segundo o estudo, o número de resultados negativos aumentou desde 2017, quando foram 46% reprovados contra 54% bem-sucedidos. Identificando quais foram os grupos com maior problema no teste, os estudantes do ensino médio regular e técnico tiveram os níveis mais altos de erro. Por outro lado, os melhores resultados foram os dos alunos de pós-graduação, com apenas 16,7% de eliminados. Os universitários foram os que mais participaram e tiveram 49,5% de reprovação.

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O Nube declarou que os estudantes de Rádio e TV ficam em primeiro lugar dos mais mal avaliados, com 74,2% dos alunos reprovados no teste. Em segundo lugar, o curso de Biomedicina, com 62,6% dos reprovados. Logo abaixo temos os cursos de Administração, Direito e Publicidade, nesta ordem. Por outro lado, Engenharia de Produção, Letras, Psicologia, Engenharia de computação e Ciência da Computação configuram o Top 5 dos cursos mais aprovados em português.

De acordo com Helenice Resende, recrutadora, independentemente da área de atuação, essa habilidade é imprescindível. “O domínio do português é exigido para todos os cargos. Mesmo em ambientes onde a comunicação é pouco utilizada, clareza, coesão, objetividade e coerência são essenciais”, alerta.

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Segundo dados do IBGE, o desemprego entre 18 e 24 anos é de 25,2%, enquanto para a população geral a taxa é de 12,4%, o que faz lembrar da necessidade de uma aprovação.

Para quem tem dificuldade com a língua, a recrutadora indica ler livros, revistas e jornais com frequência. “Fique atento quanto ao acesso exagerado a conteúdos informais, como os das redes sociais, pois podem confundir o leitor. Além disso, quando visualizar ou ouvir uma palavra nova, pesquise, pois isso contribuirá para o enriquecimento do seu vocabulário”, declarou Helenice.

Jornalista | Analista de Marketing
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