Inovação

Avanço de mulheres inventoras ainda é lento nos EUA

25 jul 2020, 10:00 - atualizado em 21 jul 2020, 13:42
Ciência Inovação
As mulheres respondem por menos de 13% de todos as patentes com origem nos EUA quando se considera que algumas estão listadas em várias patentes (Imagem: Pixabay)

Quando se trata de inovação e obtenção de proteção legal para invenções, as mulheres nos Estados Unidos avançam lentamente, mas de forma constante, segundo novo estudo do Escritório de Marcas e Patentes dos EUA (USPTO, na sigla em inglês).

A proporção de patentes com pelo menos uma mulher nomeada como inventora era de 22% até o final de 2019 em relação a 20,7% em 2016, de acordo com o estudo sobre patentes com pelo menos um inventor nos EUA.

A parcela ainda é pequena, considerando que metade de todas as patentes são concedidas a inventores estrangeiros, e as mulheres representam metade da população do país.

As mulheres respondem por menos de 13% de todos as patentes com origem nos EUA quando se considera que algumas estão listadas em várias patentes. Mas o número também é maior do que nos últimos anos.

Apesar da melhora, o relatório divulgado na terça-feira é o mais recente a analisar o que ficou conhecido como os “Einsteins perdidos” – mulheres, minorias sub-representadas e pessoas de nível socioeconômico mais baixo que ficaram de fora do que poderia ser um fator fundamental para o crescimento financeiro.

Acessar esse potencial é visto como chave para o contínuo domínio dos EUA em diferentes campos da tecnologia. As patentes podem formar a base para novos produtos e empresas, atrair dólares de capital de risco e proteger invenções da concorrência desleal.

“Para que esse sistema seja mais eficaz, todos os americanos devem ter a oportunidade de colher os benefícios pessoais e comerciais de solicitar e receber proteção de patente”, disseram os autores do estudo.

O relatório do USPTO é uma atualização de um estudo divulgado no ano passado para incluir números de 2017 a 2019.

As mulheres inventoras têm maior presença nos campos de assistência médica e farmacêutica, em linha com a maior participação no mercado de trabalho desses setores.

Entre as principais empresas americanas com registro de patentes, a Procter & Gamble tinha a maior média de mulheres inventoras, com 29%, seguida pela Bristol-Myers Squib e Abbott Laboratories.

Cerca de 41% de todas as mulheres inventoras e patentes nos EUA se concentravam em apenas quatro estados – Califórnia, Massachusetts, Nova York e Texas. Esses estados, juntamente com Washington, representam os cinco maiores estados para inventores.

Talvez a cifra mais promissora para diminuir a desigualdade de gênero seja a análise da porcentagem de novos inventores que permanecem ativos no sistema, obtendo mais patentes em um período de cinco anos.

Para homens que eram novos inventores em 2014, cerca de 52% permaneciam ativos. Entre as mulheres, esse número era de 46%.

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