Azul (AZUL4): Moody’s rebaixa empresa após pedido de recuperação judicial

A agência classificadora de risco Moody’s rebaixou o rating da Azul (AZUL4) de “Caa2” para “Ca”, com perspectiva negativa, conforme comunicado divulgado pela aérea na noite de segunda-feira (2).
O rating “Ca” indica que a Moody’s vê alguma perspectiva de recuperação para os credores, no entanto, com grandes perdas. A agência tem em vista o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11) feito pela companhia na última semana.
“A perspectiva negativa reflete a visão da Moody’s de um período prolongado de recuperação da Azul como parte da reestruturação e sua flexibilidade financeira limitada, o que resultará em perdas para credores com e sem garantia”, diz a agência.
Além da atualização, a Moody’s anunciou o cancelamento das avaliações sobre a Azul, conforme política após pedido de recuperação.
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Chapter 11 da Azul
A Azul anunciou na última semana a entrada no Chapter 11, com os acordos já firmados com diversos de seus parceiros. A aérea iniciou um processo de reestruturação pré-acordada para viabilizar acordos que envolvem aproximadamente US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP (debtor-in-possession).
O DIP é uma modalidade de crédito específica para empresas em processo de recuperação judicial, que visa fornecer os recursos financeiros necessários para que a empresa opere e atinja seu objetivo. No caso da Azul, a busca é pela redução da dívida e melhorar a estrutura financeira.
A Azul aponta que esse compromisso de financiamento pagará parte da dívida existente e irá fornecer aproximadamente US$ 670 milhões de capital novo para reforçar a liquidez durante e após o processo.
Na última quinta (29), a companhia passou pela sua “Audiência Inicial”, realizada em Nova York. A Azul recebeu todas as aprovações judiciais para suas petições de “Primeiro Dia” relacionadas ao pedido de Chapter 11.
Entre outras medidas, o Tribunal concedeu aprovação para que a Azul tenha acesso imediato a US$ 250 milhões de seu financiamento DIP de US$ 1,6 bilhão.
A expectativa é que a Azul deixe o processo até o início de 2026.