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Azul (AZUL4): Pior já passou? Analista vê ação decolando mais de 100%; veja se é hora de comprar

14 nov 2023, 16:11 - atualizado em 14 nov 2023, 16:11
Azul
Apesar de observarem melhora no 3T23, analistas seguem com recomendação neutra para Azul. (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

As ações da Azul (AZUL4) disparavam 9,36%, a R$ 16,83, e lideravam a ponta positiva do Ibovespa (IBOV) às 16h do pregão desta terça-feira (14). O movimento é reflexo dos números “fortes” reportados no terceiro trimestre (3T23), avaliam analistas.

Segundo Ilan Arbetman, da Ativa, a companhia teve uma crescente demanda e êxito no repasse de preços. Assim, registrou receitas em linha com as projeções e observou menores custos e despesas em função da queda dos preços de querosene de aviação, o que levou a um Ebitda também forte.

Lucas Barbosa e a equipe do Santander destacam ainda que a Azul revisou o guidance para 2023 e 2024. Agora, as projeções estão mais próximas ao consenso — com um tom descendente em 2023, mas ascendente em 2024.

Ainda assim, a corretora e o banco seguem com recomendação neutra para AZUL4. Na análise da Ativa, fatores exógenos a atuação a companhia — como o câmbio, a postura da Petrobras quanto aos preços do combustível e o atual cenário macroeconômico doméstico — podem pressionar as ações.

A Ativa tem preço-alvo de R$ 32,00 para os papéis da Azul, o que implica uma potencial alta de aproximadamente 108%. Já o Santander está cético e elege alvo em R$ 13,70, sugerindo que as ações já estão cotadas além do preço justo.

Os destaques da Azul no 3T23

A Azul reportou novamente receitas recordes no trimestre, bem como máximas nas receitas operacional por assento-quilômetro oferecido (RASK) e de passageiros por assento-quilômetro (PRASK).

A tarifa média evoluiu 5,3% e o breakeven de ocupação decaiu 8,1 pontos percentuais, evidenciando o êxito na monetização da operação, avalia analistas.

Em relação aos custos, a companhia viu aumentos em tarifas aeroportuárias, retorno do serviço de bordo e manutenção e reparos. Por outro lado, os custos com combustível de aviação foram 35,5% menores, além das quedas de 1,3% e 6,5%, respectivamente, com salários e publicidade.

Assim, Azul observou os custos e despesas operacionais caírem 10,7%.

Já a liquidez da Azul aumentou no trimestre em função da emissão de notas seniores em julho e das renegociações com arrendadores e fornecedores concluídas em setembro. A posição de liquidez imediata da Azul se encontra em R$ 3,5 bilhões

Por fim, a frota operacional de passageiros se manteve estável, em 181 aeronaves.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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