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Banco do Brasil (BBAS3): BofA acha barato e vê ‘pernada’ de quase 40%

19 set 2023, 13:27 - atualizado em 19 set 2023, 13:27
Banco do Brasil
O preço-alvo é de R$ 65, o que abre potencial de alta de 38% ante o último fechamento. (Imagem: Banco do Brasil/Divulgação)

O Bank of America mantém o otimismo com as ações do Banco do Brasil (BBAS3), mesmo com a disparada de 42% do papel no ano.

Para os analistas, o BB continua barato, negociado a 0,8x o P/BV (ação pelo valor patrimonial, em português), especialmente considerando a sólida dinâmica de lucros. O preço-alvo é de R$ 65, o que abre potencial de alta de 38% ante o último fechamento.

Os analistas do banco americano estiveram reunidos com investidores e a administração da estatal em Nova York e Boston, incluindo o CFO Geovanne Tobias e a head de RI Janaina Storti.

“No geral, saímos mais positivos em relação às tendências operacionais do BBAS, reforçados pelo compromisso em fornecer orientação para 2023 e pelo seu desejo de manter relacionamentos duradouros com os seus clientes, ao mesmo tempo que cresce a um nível sustentável”, discorrem.

Riscos que não saem da cabeça

Apesar disso, o BofA possui preocupações com a proposta do Governo Federal de acabar com os juros sobre o capital próprio, que agora deverá ser analisado pelo Congresso, além do teto da taxa de juros sobre empréstimos rotativos de cartão de crédito.

Os analistas calculam que o fim proposto do benefício fiscal do COI levaria a 10 pontos percentual o aumento na taxa efetiva de imposto do banco em 2024.

“No entanto, uma decisão final do Congresso poderia considerar alguns benefícios para os bancos que reduziriam a gravidade do impacto, especialmente porque o objetivo da reforma fiscal é simplificar o sistema fiscal e não aumentar os impostos para as empresas”, discorrem.

Além disso, as discussões sobre a implementação de um limite máximo para as taxas de juro sobre os saldos rotativos dos cartões de crédito continuam em curso, “embora o banco pareça ser menos vulnerável do que alguns dos seus pares”.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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