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Banco do Brasil (BBAS3): Citi levanta mais uma ‘bandeira vermelha’; analistas tiram R$ 6 do preço-alvo

13 nov 2025, 16:07 - atualizado em 13 nov 2025, 16:08
Bandeira Vermelha
Além da inadimplência nas carteiras de agronegócio e pequenas e médias empresas, o Citi chama atenção para a deterioração da carteira de pessoa física (Imagem: Freepick)

O Citi, um dos bancos que mantinham recomendação de compra para o Banco do Brasil (BBAS3), rebaixou a ação para neutra, com preço-alvo reduzido de R$ 29 para R$ 23, o que representa um potencial de alta de apenas 2,8%.

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Segundo os analistas, os resultados do terceiro trimestre enviaram um sinal negativo, indicando que a melhoria operacional deve levar mais tempo do que o esperado.

“Além da revisão da projeção para 2025 — que indica maiores despesas com provisões e um lucro líquido menor, cerca de R$ 3 bilhões abaixo —, observamos dados preocupantes sobre a qualidade dos ativos”, afirmaram.

A estatal revisou as projeções de lucro de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões para R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões, o que surpreendeu analistas.

“Acreditamos que a segunda revisão para baixo das projeções de 2025 indica baixa visibilidade para os próximos trimestres. O impacto das renegociações deve demorar mais do que o previsto para contribuir positivamente para os resultados — e esse era um ponto central da nossa tese”, destacou o Citi.

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Salvação do governo fica para depois

Para o Citi, os efeitos positivos das renegociações de empréstimos rurais deverão levar mais tempo para se refletir na rentabilidade do banco, possivelmente apenas em 2026.

Em setembro, o governo editou a Medida Provisória 1.314, que permite a renegociação de dívidas rurais em condições especiais, somando R$ 12 bilhões para apoiar até 100 mil produtores, principalmente pequenos e médios agricultores.

Geovanne Tobias, CFO do BB, explicou que muitos clientes do agronegócio optaram por esperar, o que resultou em recrudescimento da inadimplência no terceiro trimestre, mesmo após o lançamento da medida provisória voltada ao setor.

Mais uma bandeira vermelha

Além da inadimplência nas carteiras de agronegócio e pequenas e médias empresas, o Citi chama atenção para a deterioração da carteira de pessoa física, que agora também preocupa.

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“Tão negativo quanto a deterioração dos empréstimos rurais é a contaminação na carteira de pessoas físicas, o que, em nossa opinião, levanta outra bandeira vermelha”, afirmaram os analistas.

Os índices de inadimplência de 30 e 90 dias para pessoas físicas pioraram em 30 e 40 pontos-base, respectivamente, em relação ao trimestre anterior — refletindo uma deterioração de 240 pontos-base nos cartões de crédito.

Segundo o Citi, parte desse movimento está relacionada à piora nas condições financeiras dos produtores rurais, que também são clientes do banco.

Os analistas ainda ressaltam que o índice de cobertura continua caindo, mesmo com o aumento das despesas com provisões. Isso indica que novos créditos inadimplentes seguem acelerando, o que deve forçar o Banco do Brasil a ampliar provisões, mesmo com as renegociações em andamento.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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