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Banco do Brasil (BBAS3): O que está por trás do avanço de até 4% nesta sexta-feira (5)?

05 set 2025, 12:39 - atualizado em 05 set 2025, 12:39
Banco do Brasil
Ações do Banco do Brasil performam entre as maiores altas do Ibovespa nesta sexta (5) (Imagem: Paulo Whitaker/REUTERS)

As ações do Banco do Brasil (BBAS3) performam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta sexta-feira (5), com alta que superou 4% na máxima do dia, até o momento. No pano de fundo está um anúncio do governo que pode dar uma ajuda para o banco.

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Na sua conta no X (ex-Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a assinatura de Medida Provisória que garante renegociação de dívidas rurais em condições especiais.

“São R$ 12 bilhões para apoiar até 100 mil produtores, principalmente pequenos e médios agricultores que sofreram com secas e enchentes nos últimos anos”, disse na publicação.

A assinatura da MP ocorreu nesta sexta-feira (5), após fechamento da proposta em uma reunião na quinta-feira, que reuniu no Palácio da Alvorada os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além da presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

O pequeno produtor terá acesso a até R$ 250 mil de crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxa de juros de 6% ao ano.

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No Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o médio produtor poderá obter até R$ 1,5 milhão, com juros de 8% ao ano. Já os demais produtores poderão financiar até R$ 3 milhões, com juros de 10% ao ano. O prazo para quitação será de nove anos, incluindo um ano de carência.

Vale lembrar que o BB sentiu o aumento da inadimplência de produtores rurais pesar no resultado do segundo trimestre deste ano, que mexeu com as ações do banco. Em meados de agosto, executivos da instituição citaram que o desempenho do banco no terceiro trimestre ainda viria pressionado por calotes na carteira do agronegócio.

Com o anúncio, por volta de 12h30 (horário de Brasília), BBAS3 subia 3,67%, a R$ 21,17. Acompanhe o tempo real.



O desempenho do Banco do Brasil no 2T25

Em agosto, o banco reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões entre abril e junho referente ao segundo trimestre do ano, um declínio de 60% na comparação com o mesmo período do ano passado, puxado pela inadimplência no agronegócio.

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A cifra ficou abaixo do esperado pelas projeções de analistas compiladas pela LSEG, que apontavam lucro líquido de R$ 5,279 bilhões.

Esse foi o segundo recuo dos números após 16 trimestres consecutivos de crescimento anual do lucro. Além disso, foi o único, entre os grandes bancos, a apresentar redução.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) despencou 13 pontos percentuais, encerrando o trimestre a 8,4%. A média de cinco analistas consultados pelo Money Times esperava 11% de ROE. De acordo com dados da Elos Ayta, é o pior rentabilidade desde, pelo menos, 2010.

*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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