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Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro de R$ 9 bilhões no 4T22

13 fev 2023, 18:58 - atualizado em 13 fev 2023, 19:46
Banco do Brasil
No ano de 2022, o Banco do Brasil acumulou lucro recorde de R$ 31,8 bilhões, avanço de 51,3% sobre 2021 (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Banco do Brasil (BBAS3) encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido ajustado de R$ 9 bilhões, de acordo com o relatório de resultados divulgado pela companhia nesta segunda-feira (13).

O montante representa um avanço de 52,4% em relação aos últimos três meses de 2021 e renova o recorde de geração de resultados trimestrais, destacou a estatal no balanço.

A linha veio acima das estimativas do consenso do mercado, que esperava ganhos de R$ 8,11 bilhões, segundo dados levantados pela Bloomberg.

No ano de 2022, o Banco do Brasil acumulou lucro recorde de R$ 31,8 bilhões, avanço de 51,3% sobre 2021.

De acordo com a companhia, o resultado “foi alicerçado no crescimento responsável da carteira de crédito, com inadimplência controlada, no fortalecimento da geração e diversificação de receitas e na disciplina na gestão de custos, tudo isso somado a uma sólida estrutura de capital”.

O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 21,1% no ano e de 23% no quarto trimestre.

Efeito Americanas

A PCLD (provisão para crédito de liquidação duvidosa) ampliada, composta pelos valores recuperados de perdas e despesas de risco de crédito, além de descontos concedidos e perdas por imparidade, avançou 44,7% no comparativo trimestral e 72,4% em relação ao quarto trimestre de 2021.

Sem citar diretamente a Americanas (AMER3), o BB disse que o risco de crédito do trimestre foi impactado pela contabilização de um “evento subsequente”, gerando provisão para uma “empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023”.

A companhia provisionou R$ 788 milhões, correspondente a 50% da exposição ao ativo.

“Os desdobramentos do caso estão sob monitoramento constante e o volume de provisão acompanhará a evolução das negociações, sendo que eventual necessidade de agravamento adicional do risco e seu impacto em provisão já estão devidamente contemplados nas projeções corporativas de 2023”, ressaltou o banco.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada superou R$ 1 trilhão em dezembro de 2022, alta anual de 14,8% e trimestral de 3,7%.

A carteira ampliada pessoa física avançou 2,7% e 9% no ano, totalizando R$ 289,6 bilhões, refletindo o desempenho na carteira de crédito consignado.

Já a carteira ampliada pessoa jurídica subiu 1,1% no trimestre e 12,8% em 12 meses, totalizando R$ 358,5 bilhões. O crescimento foi impulsionado pelas operações com recebíveis e de TVM privados e garantias, explicou o BB. Os desembolsos realizados na linha do Pronampe a partir de julho totalizaram R$ 12 bilhões.

Novamente, a carteira ampliada de agronegócio avançou (+8,3% no trimestre e 24,9% em 12 meses).

“O BB manteve a posição histórica de principal agente financeiro do agronegócio, contribuindo de forma expressiva com toda a cadeia do agro”, comentou a estatal.

As receitas de prestação de serviços totalizaram R$ 32,3 bilhões em 2022, avanço de 10,2% no comparativo anual. O desempenho é explicado principalmente pela performance nas linhas de administração de fundos, com avanço de 11,8%; seguros previdência e capitalização (+14,6%); e operações de crédito e garantia, que subiram quase 30%.

Despesas

O Banco do Brasil viu suas despesas administrativas crescerem 5,6% no comparativo anual, abaixo da inflação acumulada em 12 meses. O índice de eficiência acumulado em 12 meses atingiu 29,4%, o melhor da série histórica, destacou.

O indicador de inadimplência, INAD + 90 dias (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada), atingiu 2,5% em dezembro de 2022, abaixo do Sistema Financeiro Nacional, que encerrou em 3%. Ao fim do ano passado, o índice de cobertura do BB foi de 227,1%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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