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Bancos: redução de limite do cheque especial e aumento da CSLL terão efeito oposto, alerta Credit Suisse

13 maio 2020, 8:04 - atualizado em 13 maio 2020, 8:07
Santander, SANB11
Apesar do potencial risco, os analistas Marcelo Telles e Otavio Tanganelli acreditam que as medidas, na forma como estão, têm poucas chances de passar no Senado (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Dando continuidade às medidas de contenção dos impactos da covid-19 na economia brasileira, espera-se que o Senado vote 14 projetos de lei nos próximos dias. Segundo o Credit Suisse, dois deles em particular podem afetar negativamente os bancos: a redução dos limites de cheque especial e cartão de crédito e o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

“Os próximos dias serão cruciais para ter uma visão melhor da extensão do risco regulatório enfrentado pelos bancos brasileiros”, afirma a equipe de análise do Credit.

Apesar da preocupação, os analistas Marcelo Telles e Otavio Tanganelli acreditam que as medidas, na forma como estão, têm poucas chances de passar no Senado. Ainda assim, existe um potencial risco que deve ser observado.

“Embora essas medidas demonstrem a boa intenção dos legisladores para combater os efeitos severos da pandemia no cenário econômico, elas são, em nossa visão, muito prejudiciais à estabilidade do sistema financeiro, e certamente terão o efeito oposto”, explicam.

Na avaliação do Credit, os projetos levariam a uma menor disponibilidade de crédito, ocasionando um aumento de custos. Foi o que aconteceu, por exemplo, no Chile e na Colômbia.

“O Brasil precisa de um sistema financeiro saudável e bem capitalizado para enfrentar a crise. Os bancos necessitam estar em boa forma para poder continuar provendo crédito”, defendem Telles e Tanganelli. “Limites de taxas irão apenas enfraquecer a capacidade dos bancos de construir capital de maneira orgânica”.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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