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Bankman-Fried, da FTX, assina documentos de extradição para os EUA

20 dez 2022, 18:35 - atualizado em 20 dez 2022, 18:35
Sam Bankman-Fried
A plataforma de 32 bilhões de dólares declarou falência em 11 de novembro, e Bankman-Fried deixou o cargo de CEO no mesmo dia (Imagem: REUTERS/Dante Carrer)

O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, assinou documentos jurídicos que abrem caminho para sua extradição das Bahamas para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de fraude devido ao colapso da plataforma de criptomoedas, disse uma autoridade das Bahamas nesta terça-feira.

Doan Cleare, comissário interino de Correções das Bahamas, disse à Reuters que os documentos foram assinados por volta do meio-dia (horário local) desta terça-feira.

Uma audiência no caso de Bankman-Fried acontecerá na quarta-feira, disse um funcionário do tribunal à Reuters.

O processo de quarta-feira pode preparar o terreno para o magnata das criptomoedas, de 30 anos, deixar o país caribenho após vários dias de confusão sobre o status de sua extradição.

Um advogado de Bankman-Fried nos EUA não respondeu a pedidos de comentários. Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que o empresário pretende consentir com a extradição.

Bankman-Fried reconheceu falhas de gerenciamento de risco na FTX, mas disse que não acredita ter responsabilidade criminal.

Um porta-voz da Procuradoria dos EUA em Manhattan se recusou a comentar o assunto.

Bankman-Fried foi preso na semana passada nas Bahamas, onde mora e onde a FTX é sediada, depois que um grande júri no tribunal federal de Manhattan o indiciou por supostamente roubar fundos de clientes para cobrir perdas na Alameda Research, seu fundo de hedge de criptomoedas.

Inicialmente, ele disse a um tribunal das Bahamas que contestaria a extradição, mas a Reuters e outros veículos informaram no fim de semana que ele mudaria sua decisão.

Durante uma audiência na segunda-feira na qual Bankman-Fried compareceu, seu advogado de defesa local, Jerone Roberts, disse que não havia sido informado sobre o propósito do processo.

Mais tarde, ele disse que, embora seu cliente tivesse visto uma declaração juramentada apresentando as acusações contra ele, ele queria acessar a acusação completa antes de concordar com a extradição.

Mais cedo nesta terça-feira, Roberts se recusou a comentar ao deixar o Tribunal de Magistrados na capital Nassau.

Funcionários da embaixada dos EUA entraram no tribunal mais cedo, disse uma testemunha da Reuters, mas Bankman-Fried não foi visto no local nesta terça.

A prisão culminou em uma queda impressionante para Bankman-Fried, que contou com um boom nos valores do bitcoin e de outros ativos digitais para se tornar um bilionário.

Ele está sob crescente escrutínio desde o início de novembro, quando os clientes correram para sacar fundos da FTX em meio a preocupações sobre a fusão de seus ativos com a Alameda.

Damian Williams, o principal promotor federal da cidade de Nova York, disse na semana passada que as ações contra Bankman-Fried representaram “uma das maiores fraudes financeiras da história americana”.

A plataforma de 32 bilhões de dólares declarou falência em 11 de novembro, e Bankman-Fried deixou o cargo de CEO no mesmo dia.

Desde então, ele foi detido no Departamento de Correções das Bahamas em Nassau, anteriormente conhecido como prisão de Fox Hill.

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