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Barsi sobre fusão entre Vibra (VBBR3) e Eneva (ENEV3); ‘querem se livrar do abacaxi’

25 jan 2024, 16:59 - atualizado em 25 jan 2024, 16:59
Luiz Barsi
Para o investidor, a Vibra é uma geradora de caixa e boa distribuidora de dividendos, enquanto a Eneva se beneficiaria da rede de distribuição da Vibra (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

Luiz Barsi, o maior investidor pessoa física da bolsa e um dos acionistas da Vibra (VBBR3), se manifestou sobre a possível fusão entre a companhia e a Eneva (ENEV3), que criaria uma gigante do setor de energia.

Apesar de ter negado a primeira oferta da empresa de gás, segundo colunista Lauro Jardim, do O Globo, uma nova proposta deve ser apresentada em breve.

“Votaremos contrariamente à proposta, caso uma segunda tentativa seja aprovada pelo conselho. Em nossa opinião, uma fusão de “iguais” não seria possível, uma vez que a Vibra tem infinitamente mais qualidades sob a ótica da nossa estratégia”, diz a postagem feita no perfil do Instagram de Louise Barsi, sua filha.

A postagem segue dizendo que a Vibra é uma geradora de caixa e boa distribuidora de dividendos, enquanto a Eneva se beneficiaria da rede de distribuição da Vibra, “mas o contrário não é verdadeiro”.

“Uma proposta em que a empresa comprada tenha prêmio em relação à compradora, não nos parece vantajosa. Quem quiser investir em térmicas, que compre Eneva diretamente”, discorre.

Para Barsi, a Dynamo, gestora que possui participação em ambas as empresas, com fatia que chega a 30%, não é ‘burra’.

“A Eneva é geração térmica. Está todo mundo fugindo da geração térmica. Ela já tentou fazer parceria com a AES Brasil (AESB3). Inteligentemente os americanos falaram não. Ela tentou fazer uma parceria com a PetroReconcavo (RECV3), eles falaram não. A gente percebe que não querem fazer parceria. A gente percebe que querem se livrar do abacaxi”, discorre.

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Outras gestoras não gostaram da proposta

À primeira vista, Barsi não foi o único insatisfeito. Ao Brazil Journal, Guilherme Aché, da Squadra, nome de peso no mercado, mas que possui participação de 4% na Vibra, disse que “vai brigar” para o negócio não acontecer.

Já a Dynamo também não gostou do que viu, segundo apuração do Pipeline, site ligado ao Valor Econômico.

Apesar de ter negado a proposta, a própria Vibra diz que estará atenta a uma eventual nova manifestação da Eneva, caso seja de seu interesse melhorar significativamente os termos apresentados, detalhando elementos necessários para o bom entendimento de uma eventual nova proposta de combinação.

“Se essa for a opção da Eneva, engajaremos os nossos assessores para tratativas em fórum privado típico de potenciais transações desta natureza, cabendo às empresas se manifestarem publicamente no que for requerido pelas leis e regulações as quais as companhias estão sujeitas”, coloca.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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