Política

Bastidores de Brasília: Quem será o economista de Lula?

01 jul 2022, 15:13 - atualizado em 01 jul 2022, 15:13
Geraldo Alckmin
A aposta de integrantes da campanha é que, caso opte por um economista, Lula escolha um nome indicado por seu vice, Geraldo Alckmin (Imagem: REUTERS/Andressa Anholete)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve colocar um economista do PT no comando da Economia caso vença a eleição em outubro.

A aposta de integrantes da campanha é que, caso opte por um economista, Lula escolha um nome indicado por seu vice, Geraldo Alckmin.

Nesse caso, o ex-presidente do BC Pérsio Arida seria o candidato preferencial.

Em um cenário em que o ex-presidente precise de um nome mais político no cargo — o que depende do equilíbrio de forças após a eleição de novos nomes para o Congresso — o PT deve pautar a escolha. A aposta de integrantes da campanha aí é o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, um dos principais auxiliares de Lula.

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Trégua

O temor de confronto entre apoiadores levou as campanhas de Jair Bolsonaro e Lula à mesa de negociação. Os dois presidenciáveis estarão em Salvador neste sábado para as celebrações da Independência da Bahia e fariam atos políticos na mesma região em horários próximos, o que preocupou aliados de ambos e as forças de segurança.

A motociata de Bolsonaro estava prevista para sair às 8h do Dique do Tororó, próximo à Itaipava Arena Fonte Nova, duas horas e meia antes do início de um ato de Lula para 15 mil pessoas no estacionamento do estádio.

A campanha petista cogitou transferir o evento para a tarde, mas os aliados de Bolsonaro propuseram manter o horário, mas levar o passeio de moto para o Farol da Barra, a cerca de 8 km de distância.

Solução para a Caixa

A troca de Pedro Guimarães por Daniella Marques no comando da Caixa Econômica Federal foi considerada pelo governo como a solução perfeita para a crise que levou à saída do executivo do cargo. Como resposta a denúncias de assédio sexual contra Guimarães, uma mulher com experiência no mercado financeiro e com uma agenda inclusiva de crédito para mulheres que querem empreender.

Nome de confiança do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente, Daniella relatou a interlocutores que já teve que lidar no passado com ambientes machistas de trabalho, onde ouvia piadas sexistas e testemunhava situações como mulheres serem convidadas a participar de vaquinhas para a assinatura de revistas masculinas.

Não ganha nem perde

Para a campanha de Bolsonaro, as denúncias de assédio sexual contra Guimarães representam um grande desgaste, mas, do ponto de vista eleitoral, a avaliação é que perdeu-se um público que o presidente já não tinha: o feminino.

Os estrategistas do presidente que estavam trabalhando para converter votos das mulheres agora terão que fazer um esforço dobrado, avalia um auxiliar do clã Bolsonaro.

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