Ibovespa BB entra no 2º semestre com carteira de ações 60% exposta a bancos e commodities
O BB Investimentos atualizou sua carteira fundamentalista de ações para julho, mês que promete trazer mais pressões negativas do que positivas para o Ibovespa devido a preocupações de que a maior economia do mundo pode entrar em recessão em 2023.
A instituição destaca que o enxugamento de liquidez nos Estados Unidos e na Europa traz pressão para a Bolsa brasileira, impedindo-a de avançar no mês.
Por outro lado, o time de análise do BB continua otimista com as commodities, que formam boa parte do mercado de ações brasileiro. Na opinião dos analistas, os patamares atuais de preço internacionais dos insumos serão refletidos em “resultados robustos” para as empresas.
Isso explica por que a nova carteira do BB inicia o segundo semestre com 30% de exposição a commodities: Petrobras (PETR4), Suzano (SUZB3) e Vale (VALE3).
O BB optou por selecionar empresas com números consistentes, forte geração de caixa, maior capacidade de repasse da elevação dos preços e bons níveis de retorno aos acionistas.
Dessa forma, outros 30% da carteira são formados por bancos: ABC Brasil (ABCB4), BTG Pactual (BPAC11) e Itaú Unibanco (ITUB4).
Os 40% restantes representam um “mix doméstico relativamente menos volátil”: Alupar (ALUP11), Hypera (HYPE3), Localiza (RENT3) e Multiplan (MULT3).
| Empresa | Ticker |
|---|---|
| ABC Brasil | ABCB4 |
| Alupar | ALUP11 |
| BTG Pactual | BPAC11 |
| Hypera | HYPE3 |
| Itaú Unibanco | ITUB4 |
| Multiplan | MULT3 |
| Petrobras | PETR4 |
| Localiza | RENT3 |
| Suzano | SUZB3 |
| Vale | VALE3 |
A carteira do BB encerrou junho com desempenho negativo de 14,66%, contra uma queda de 11,5% do Ibovespa.
Mesmo com o curto prazo pressionado, o BB ainda vê o Brasil bem posicionado para capturar “parte relevante da alocação dos portfólios globais de investidores, visto que alguns desafios relacionados à inflação e recuo do crescimento global são capturados de forma mais acentuada em outros pares emergentes”.
A instituição mantém o preço-alvo ao fim de 2022 de 132 mil pontos para o Ibovespa. Segundo o BB, seria preciso uma deterioração conjunta muito mais forte do exterior e do Brasil para reduzir as estimativas para o índice.
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