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BB permitirá uso de créditos de carbono para pagamento de imóveis rurais em leilão

29 maio 2023, 18:49 - atualizado em 29 maio 2023, 18:50
Créditos
Segundo o banco, o pagamento pode ser integralmente em créditos de carbono ou parte em créditos e parte em moeda corrente (Imagem: REUTERS/Leonardo Benassato)

O Banco do Brasil (BBAS3), fará em junho um leilão de imóveis rurais em que, pela primeira vez, será possível pagar pelos imóveis com créditos de carbono, de modo parcial ou integral.

Os lances estão abertos, e a sessão de disputa online será no dia 7 de junho, através do site www.lancenoleilao.com.br.

Segundo o banco, o pagamento pode ser integralmente em créditos de carbono ou parte em créditos e parte em moeda corrente.

No uso dos créditos, eles poderão ser utilizados com valor unitário máximo de R$ 88,27, de acordo com o banco. Também é possível pagar pelos imóveis totalmente em dinheiro.

Serão vendidos seis imóveis, nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os descontos serão de até 55% em relação ao valor de mercado. Para serem aceitos, os créditos de carbono utilizados no pagamento devem ser gerados de acordo com padrões e termos reconhecidos pelo mercado regulado ou pelo mercado voluntário, como o ‘Verified Carbon Standard’.

O banco afirma que a novidade tem como objetivo fomentar o mercado de créditos de carbono, e que permite ainda que geradores dos créditos invistam em imóveis rurais sem se descapitalizar. No ano passado, o BB começou a auxiliar produtores rurais que são clientes da instituição na geração de créditos de carbono.

“Fomos os primeiros a investir em uma parceria com uma startup do segmento e oferecer uma experiência totalmente digital para os compradores”, diz em nota o diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio do banco, Gustavo Lellis. “Agora, alinhamos o aspecto ambiental a essas vendas, o que reforça o compromisso assumido pelo banco por meio da sua Agenda 30 de sustentabilidade.”

A nova modalidade de pagamento permitirá ao BB ter uma nova fonte de aquisição desse tipo de ativo, que utiliza desde 2021 para compensar emissões de gases causadores do efeito estufa dos escopos 1 e 2. O banco tem investido ainda em energia renovável, e deve inaugurar 20 novas usinas fotovoltaicas para atender à demanda das agências neste ano.

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