Mercados

BBAS3, BBDC4, ITUB4, SANB11: BNDES pode gerar ‘concorrência desleal’? Ações despencam

13 dez 2022, 19:42 - atualizado em 13 dez 2022, 19:51
banco do brasil itaú santander e bradesco
(Imagem: Freepik)

Os papéis dos banco foram os que mais sofreram com a confirmação de Aloizio Mercadante na presidência do BNDES.

Nesta sessão,  Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) perderam 3,78%, 2,97% e 3,51%, respectivamente. O Banco do Brasil (BBAS3) fechou em queda de 4,89%.

Mas por que isso ocorreu? De acordo com João Tonello, analista da Benndorf, o principal risco do Mercadante para o mercado é a competição que ele pode gerar para bancos privados.

“O BNDES entregaria um crédito muito mais barato, fazendo com que os privados não mais tenham uma larga fonte de renda neste ramo específico”, discorre.

Mercado não gostou do nome

Para Ricardo Carneiro, operador de renda variável na WIT Invest, o principal medo no mercado é o governo usar os bancos públicos, principalmente BNDES e Caixa, para fomentar crédito mais barato que o mercado.

“Usar isso como uma máquina de crédito, utilizar Políticas Campeões Nacionais, emprestar dinheiro barato para grandes empresas tentando fazer com que elas cresçam e virem grandes multinacionais”, coloca.

Após a indicação, o Ibovespa despencou, fechando o dia em queda de 1,71%, a 103 mil pontos.

Segundo Mauro Morelli, estrategista da Davos, a aparição de Mercadante faz o próximo governo ser cada vez mais comparável com a gestão de Dilma do que com o governo Lula 1.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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