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BDRs na B3: Os campeões de dividendos entre os papéis negociados no Brasil

18 jul 2025, 10:53 - atualizado em 18 jul 2025, 10:53
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Ecopetrol lidera ranking de BDRs com maiores dividendos; papéis dos EUA e Reino Unido dominam a lista. (iStock.com/da-kuk)

Para o investidor brasileiro que busca ampliar horizontes e diversificar além das fronteiras nacionais, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) se tornaram uma alternativa cada vez mais relevante.

Ainda que o mercado desses recibos, que representam ações de empresas estrangeiras, conte com liquidez inferior à das ações locais, seu crescimento é visível — especialmente entre aqueles que priorizam empresas pagadoras de dividendos.

Um levantamento da consultoria Elos Ayta, com base nos BDRs que compõem o índice BDRX, destaca justamente os papéis com melhor desempenho em termos de dividend yield mediano nos últimos três anos. O recorte considera o comportamento percentual dos dividendos pagos em relação ao preço dos BDRs em janelas móveis de 12 meses, até 17 de julho de 2025.

Entre os destaques, chama atenção o predomínio dos Estados Unidos e da Inglaterra: dos 20 BDRs com melhor mediana de dividend yield no período analisado, 10 são de empresas norte-americanas e 7 de companhias inglesas. Colômbia, Noruega e Espanha marcam presença com um representante cada.

Os destaques do ranking: Ecopetrol lidera

O primeiro lugar entre os campeões de dividendos ficou com a Ecopetrol (E1CO34), estatal colombiana do setor de petróleo. A mediana de dividend yield da empresa atingiu expressivos 14,66% nos últimos três anos. Em seguida, aparece a British American Tobacco (B1TI34), com 8,61%, e a mineradora Rio Tinto (RIOT34), com 8,32%.

É importante ressaltar: esse ranking considera a mediana histórica dos últimos três anos, não uma projeção garantida para os próximos meses. O dividend yield futuro estará dentro ou acima da mediana apenas se a empresa mantiver políticas consistentes de distribuição de lucros e se seus resultados financeiros permanecerem em linha com os registrados no período analisado.

Liquidez: fator essencial

Embora o investidor precise observar os riscos naturais desse tipo de operação — como o câmbio, a tributação diferenciada e o repasse de dividendos com eventual atraso —, o levantamento também traz um dado útil para quem se preocupa com a facilidade de negociar.

Dos 20 BDRs analisados, 12 apresentam volume financeiro médio diário acima de R$ 100 mil nos últimos 12 meses até julho de 2025. Ou seja, apesar de ainda haver espaço para evolução em termos de liquidez, há opções suficientes para o investidor montar posições sem grandes sobressaltos.

Diversificação global: por que faz sentido

Investir em BDRs, além de ser uma porta para receber dividendos consistentes, é uma estratégia de proteção em um mercado globalizado. O Brasil oferece boas oportunidades, mas carrega riscos locais que podem afetar a bolsa de forma concentrada.

Ao acessar empresas listadas em mercados desenvolvidos — principalmente em setores pouco representados na B3, como tecnologia, saúde e consumo global —, o investidor dilui riscos e participa de mercados mais estáveis e maduros.

Diversificar internacionalmente não é luxo: é uma forma de buscar eficiência de portfólio e preservar patrimônio de maneira estruturada.

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Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
einar.rivero@autor.moneytimes.com.br
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Einar Rivero é CEO da Elos Ayta Consultoria e especialista de dados financeiros de mercado. Formado em Engenharia, tornou-se referência para o mercado financeiro por trazer levantamentos e insights inéditos a partir do cruzamento de dados econômicos. Durante 25 anos, atuou como líder e gerente de relacionamento institucional de plataformas de informação financeira, como TradeMap e Economatica.
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