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Binance movimentou 20 mil Bitcoins para Bitzlato, corretora acusada de lavar dinheiro

24 jan 2023, 14:23 - atualizado em 24 jan 2023, 14:23
Binance
Foram cerca de 205.000 transações para Bitzlato entre maio de 2018 e seu fechamento na semana passada (Imagem: Unsplash)

A Binance, corretora de criptomoedas, movimentou quase US$ 346 milhões em Bitcoin (BTC) – ou 20 mil BTC – através da corretora Bitzlato, cujo fundador foi preso pelas autoridades dos Estados Unidos na semana passada por supostamente operar um “mecanismo de lavagem de dinheiro”.

As informações são da Reuters baseadas em dados de blockchain da Chainalysys, empresa de análise de blockchain. Foram cerca de 205.000 transações para Bitzlato entre maio de 2018 e seu fechamento na semana passada.

A assessoria da Binance comunicou que “a Binance tem a satisfação de ter fornecido assistência substancial a parceiros internacionais de aplicação da lei no apoio a esta investigação”.

“Isso exemplifica o compromisso da Binance em trabalhar de forma colaborativa com parceiros de aplicação da lei em todo o mundo”, comunicam.

Binance e Bitzlavo; entenda a “origem”

Na última quarta-feira (18), o sócio majoritário da Bitzlato, Anatoly Legkodymov, foi detido e acusado de lavagem de dinheiro através de sua corretora. O anúncio foi feito através de uma coletiva de imprensa nos EUA que reuniu autoridades regulatórias e representantes do FBI.

Conforme as acusações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Bitzlato facilitou verificações de KYC – ou conheça seu cliente – o que permitiu com que usuários de antecedentes criminais pudessem operar de forma semi anônima na corretora.

“[A Bitzlavo] repetidamente permitia que eles fornecessem informações pertencentes a registrantes ‘espantalhos”‘, disse um representante do órgão na coletiva.

A Binance estava entre as três principais contrapartes da Bitzlato pela quantidade de bitcoin recebida entre maio de 2018 e setembro de 2022, disse a Rede de Repressão a Crimes Financeiros do Tesouro dos EUA (FinCEN) na semana passada.

A Binance era a única grande exchange cripto entre as principais contrapartes da Bitzlato, conforme a FinCEN. O órgão afirmou que os outros que fizeram transações com Bitzlato foram o marketplace de drogas na darknet Hydra, que usa o russo como linguagem, uma pequena corretora chamada LocalBitcoins e um site de investimento em cripto chamado Finiko, que descreveu como “um suposto esquema Ponzi cripto baseado na Rússia”.

A empresa está comprometida em “trabalhar em colaboração” com as autoridades, acrescentou, recusando-se a dar detalhes sobre suas negociações com a Bitzlato ou a natureza de sua cooperação com essas agências.

No entanto, um ex-regulador bancário dos EUA e um ex-funcionário da lei disseram que, com o status da Binance como uma das principais contrapartes, o Departamento de Justiça e do Tesouro dos EUA devem focar atenções nas verificações de compliance da Binance com a Bitzlato.

Ross Delston, um advogado e ex-regulador bancário que também é especialista em questões de combate à lavagem de dinheiro, comentou à Reuters que: “Eu não diria que foi um lance de advertência, eu chamaria de míssil guiado”, disse.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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