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Bitcoin (BTC) em queda (quase) livre: Início do bear market ou correção de meio de ciclo?

14 nov 2025, 9:20 - atualizado em 14 nov 2025, 9:20
Bear market do bitcoin (BTC) e das outras criptomoedas. (Imagem: Qwen)
Bear market do bitcoin (BTC) e das outras criptomoedas. (Imagem: Qwen)

Sim, meus amigos. Muita gente entrou em desespero com as quedas seguidas do bitcoin (BTC) ao longo de outubro, mas calma que vou te explicar onde estamos.

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Bitcoin e ethereum (ETH) permanecem em uma faixa de negociação estável em meio a uma redefinição de meio de ciclo.

O bitcoin vinha sendo negociado entre US$ 100.000 e US$ 105.000, enquanto o ethereum estava em torno de US$ 3.300, dentro da faixa de US$ 3.100 a US$ 3.500.

A correção ocorreu após a realização de lucros por parte de investidores de longo prazo, com aproximadamente 405.000 BTC (cerca de US$ 40 bilhões) vendidos no último mês, e uma forte redução na alavancagem, o que esfriou a tendência de alta.

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Fonte: 21shares (Dado até 3 de novembro de 2025)

A capitalização total do mercado cripto recuou cerca de 21% desde o início de outubro, passando de US$ 3,9 tri para US$ 3,1 tri, em um movimento que se assemelha mais a uma consolidação saudável do que a um sell-off em pânico.

O fluxo se deslocou para bitcoin e stablecoins, com estas últimas batendo recorde histórico de US$ 300 bilhões em oferta. As altcoins ficaram para trás e passaram por um reajuste de preços, abrindo espaço para potenciais compras na baixa.

Historicamente, correções de aproximadamente 20% em fases de pausa no meio do ciclo costumam anteceder movimentos robustos de recuperação, conforme a liquidez volta e o sentimento melhora.

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Fonte: 21shares (Dado até 4 de novembro de 2025)

Este ciclo começa a mostrar sinais de ruptura em relação ao padrão tradicional dos halvings de quatro em quatro anos.

Nos ciclos anteriores, o movimento era amplamente ditado pelo varejo e pelos choques de oferta criados pela redução da emissão, mas agora a adoção institucional, os fluxos para ETFs e a acumulação soberana passam a afastar o desempenho do bitcoin desse ritmo rígido.

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Como mostrado abaixo, o comportamento do BTC após o halving de 2024–2025 (linha azul clara) se descolou de forma evidente dos ciclos anteriores, mantendo uma trajetória mais estável apesar das correções de curto prazo.

Essa mudança estrutural sinaliza a maturação do bitcoin como ativo macro, cada vez menos influenciado pela oferta dos mineradores e cada vez mais guiado por política monetária, condições de liquidez e balanços institucionais.

Fonte: 21shares (Dado até 3 de novembro de 2025)

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Quais são os riscos de curto prazo para o bitcoin (BTC) e as criptomoedas?

A média móvel de 50 semanas continua sendo o principal nível técnico a monitorar.

Um fechamento consistente abaixo de US$ 102.900 pode abrir espaço para um novo teste da faixa entre US$ 90 mil e US$ 95 mil, sinalizando um possível “mini-inverno cripto” que duraria meses — e não anos.

Mas essa média móvel de 50 semanas foi respeitada e fechou na casa dos US$ 103.196. 

Mesmo assim, a estrutura atual do mercado segue mais sólida, sustentada pela demanda institucional, pelos avanços regulatórios e pela melhora do ambiente macro.

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Portanto, qualquer queda adicional tende a ser corretiva, e não estrutural.

Mas e agora? Quais são os catalisadores para a próxima alta? 

Vários fatores podem reacender o movimento de alta rumo a 2026:

→ Maior clareza regulatória, com a retomada da agenda de política externa dos EUA após o fim do shutdown de mais de 43 dias, encerrado na última quinta-feira (13)

→ Pipeline robusto de ETFs, já que mais de 100 produtos aguardam aprovação da SEC, a CVM dos EUA;

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→ Acumulação soberana, com a proposta da Lei BITCOIN prevendo a compra de 1 milhão de BTC pelos EUA;

→ Expansão de liquidez, uma vez que o fim do aperto quantitativo (quantitative tightening) em dezembro pode liberar parte dos quase US$9 trilhões hoje nos mercados monetários para ativos de risco;

→ O sinal do ouro, cuja alta de 50% no ano pode antecipar uma dinâmica semelhante para o bitcoin, repetindo o padrão observado em 2020.

O sentimento do mercado voltou para a zona de “Medo”, com o Fear & Greed marcando 29, patamar que historicamente costuma sinalizar áreas de acumulação.

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Fonte: Coinmarketcap

Com a realização de lucros perdendo força e a liquidez começando a melhorar, o cenário abre espaço para o bitcoin voltar à região dos US$ 110 mil ou até ultrapassá-la até o fim do ano.

Enquanto o preço se mantiver acima de US$ 100 mil, a tendência de alta de longo prazo continua preservada.

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Analista e trader responsável por todos os fundos de cripatoativos na Empiricus Gestão. É formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Além de suas responsabilidades na gestora, Marcello compartilha regularmente sua expertise por meio da produção de conteúdos e análises aprofundadas sobre o mercado de criptoativos em seu instagram @cestari.crypto.
marcello.cestari@autor.empiricus.com.br
Analista e trader responsável por todos os fundos de cripatoativos na Empiricus Gestão. É formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). Além de suas responsabilidades na gestora, Marcello compartilha regularmente sua expertise por meio da produção de conteúdos e análises aprofundadas sobre o mercado de criptoativos em seu instagram @cestari.crypto.
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