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Bitcoin (BTC): Qual é o fundo do poço para a criptomoeda, segundo especialistas?

09 maio 2022, 16:40 - atualizado em 09 maio 2022, 16:49
Bitcoin (BTC) cripto queda fundo
O mercado cripto segue caindo conforme os ativos de riscos pelo mundo se desvalorizam. (Imagem: Pexels/Rodnae)

Nesta segunda-feira (9), as principais criptomoedas do mercado operam no vermelho, com quedas semanais acima de 10%, com exceção das stablecoins.

O Bitcoin (BTC) chegou a cair abaixo de U$ 31 mil, e o Ether (ETH) a U$ 2.300, ambos os criptoativos estão cerca de 50% abaixo da máxima histórica.

Segundo André Franco, analista-chefe do Mercado Bitcoin, é possível que o bitcoin continue em queda, e se aproxime dos U$ 20 mil.

Para ele, o cenário macro é o “grande culpado”, mas ainda existem métricas fundamentalistas do criptoativo que apontam um otimismo.

O movimento de queda teve início após o anúncio do Federal Reserve (Fed) de aumentar a taxa de juros dos Estados Unidos.

Já para Orlando Telles, sócio fundador da Mercurius Crypto, mesmo que a queda se mantenha acentuada, o mercado cripo está alcançando recordes em números de desenvolvedores e investidores de capital de risco, ou “venture capital”.

Bitcoin (BTC) cai de costas e quebra o dente

André Franco faz uma analogia desta queda do mercado com futebol:

“A frase ‘clássico é clássico e vice-versa’ é uma daquelas que só quem está no meio entende. Além dessa, uma das frases mais marcantes para mim é a “quando a fase é ruim o cara cai de costas e quebra o dente”, diz. 

Segundo Franco, além de definir a má fase de um jogador ou de um time, define também o atual momento do mercado macro e, por consequência, o mercado cripto. 

“Na semana em que o Fed, banco central americano, decidiu seguir a cartilha de aumento da taxa de juros, o mercado no dia dessa decisão respondeu bem, com alta, mas os dias seguintes foram de quedas”, explica. 

Isso porque, para ele, a expectativa de que neste ritmo de aumento de juros o Fed não conseguirá controlar a inflação americana passou a ser a narrativa em vigor. 

“Consequentemente, nem a notícia boa moveu o ponteiro para cima, um típico momento de mercados em queda, no qual a novidade positiva não ajuda e às vezes até atrapalha, como cair de costas e quebrar os dentes.”

O mercado cripto, guiado pelo bitcoin, segue o mesmo caminho e caindo conforme os ativos de riscos pelo mundo se desvalorizam, conforme diz.

“Por mais que vejamos algumas métricas muito positivas no bitcoin, o momento é de realmente esperar mais quedas, podendo ir abaixo dos 30 mil dólares e se aproximar dos 20 mil dólares.”

Todavia, Franco comenta que ainda existem métricas positivas em relação a maior criptomoeda do mundo em capitalização de mercado.

“Se nós fossemos totalmente agnósticos a preço, diria que as métricas do bitcoin nunca foram tão positivas. Os investidores de longo prazo (LTH) continuam acumulando bitcoin e estamos no ponto mais alto e positivo dessa métrica, como você pode ver a seguir.”

Bitcoin criptomoedas quedas

Quem tem medo do Bitcoin (BTC)?

O Índice “Fear and Greed”, que mede o receio dos investidores em relação ao mercado, está mostrando medo extremo.

criptomoedas bitcoin queda fundo
(Imagem: Fear & Greed Index)

Entretanto, Orlando Telles diz que o motivo da queda continua sendo o fator macro. Conforme explica, em 30 dias, o bitcoin alcançou a maior correlação com a Nasdaq da história.

“Para mim, esse é um dos melhores momentos para estar posicionado em criptoativos quando se pensa em termos de fundamentos. Há seis meses, o mercado alcançou o maior número de desenvolvedores no mercado, e também estamos alcançando a maior entrada de ‘venture capital’ [capital de risco] da história nestes últimos seis meses”, explica

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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