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Bitcoin (BTC) se afasta da Nasdaq nesta sexta-feira (12) e perde correlação com ouro; qual é a narrativa da vez?

12 maio 2023, 15:45 - atualizado em 12 maio 2023, 15:45
Bitcoin Nasdaq Ouro
Em uma escala de -1 até 1 (onde 1 é a correlação total), o índice de tecnologia dos Estados Unidos está negativo pela primeira vez desde abril, em 0,12 (Imagem: Pixabay/vjkombajn )

O índice de correlação entre a Nasdaq e o Bitcoin (BTC) está negativo nesta sexta-feira (12). Ambos os ativos apresentaram narrativas semelhantes ao longo do ano passado.

Afinal, foram as ações do setor de tecnologia que mais sofreram com um aperto monetário dos Estados Unidos.

Em uma escala de -1 até 1 (onde 1 é a correlação total), o Nasdaq está negativo pela primeira vez desde abril, em -0,12.

Porém, enquanto a Nasdaq pegava carona ao longo das últimas semanas, com os bons resultados das empresas de tecnologia nos Estados Unidos, o Bitcoin, por sua vez, mostrava quedas.

Tecnologia ou ouro digital; qual vai ser tese da vez do Bitcoin?

O Bitcoin já cai pelo sétimo dia consecutivo e é negociada abaixo de US$ 27 mil. Trata-se de uma região crítica de suporte, segundo analistas.

No entanto, não é apenas a correlação com a Nasdaq que recua. A do ouro. A correlação do metal precioso com o Bitcoin está em 0,11, enquanto a do S&P 500, está em 0,14.

Ao longo de 2022, com os apertos de juros pelo Federal Reserve nos Estados Unidos, a criptomoeda seguia o mesmo caminho que os demais ativos de tecnologia: quedas e fugas de liquidez.

No começo de 2023, porém, com a crise dos bancos regionais, o Bitcoin perseguia a correlação com o ouro, trazendo à tona a tese de ser uma proteção contra a inflação. Todavia, o cenário atual parece ser bem diferente.

Ainda assim, André Franco, analista chefe do Mercado Bitcoin, avalia que a narrativa não mudou. Aliás, se mantém a mesma de 12 anos atrás: trata-se de um ativo descorrelacionado e distinto de qualquer outro presente nos mercados tradicionais.

A tese apenas foi distorcida no ano passado, pelo próprio mercado, que analisa um período de tempo como se fosse um todo, avalia Franco. “O que o mercado faz é pegar uma foto do bitcoin e achar que é o filme. Mas o filme segue sendo o mesmo, uma classe de ativo descorrelacionada”, comenta.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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