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Bitcoin (BTC) X Inflação: Criptomoeda ainda pode proteger investidores do aumento dos preços?

03 ago 2022, 13:33 - atualizado em 03 ago 2022, 14:22
Bitcoin
Nos últimos tempos, bitcoin está atrelado aos movimentos da Nasdaq. (Imagem: Freepik)

O bitcoin (BTC) foi considerado por muitos uma forma de proteção (“hedge”) contra a inflação, categorizado como um ativo que defronta a ordem do mercado tradicional.

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A maior criptomoeda do mundo já foi classificada como “ouro digital” e recebeu, inclusive, comentários do cofundador da Apple – Steve Wozniak – dizendo que o mecanismo por trás do bitcoin é o único “com matemática de ouro puro”.

Porém, as flutuações de preço da criptomoeda nos últimos dois anos junto às oscilações no mercado tradicional colocaram em xeque se o bitcoin é ou não uma forma de proteção contra inflação.

Confira abaixo o que dizem os analistas sobre se a criptomoeda pode ser considerada um hedge contra o aumento dos preços.

Vantagens do bitcoin

Para o trader da Mercado Bitcoin, Humberto Andrade, a tese de que o bitcoin é a melhor proteção contra inflação está ligada à escalabilidade do BTC, à tecnologia por trás da criptomoeda e à acessibilidade.

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Andrade aponta que o bitcoin permite que o detentor tenha a criptomoeda consigo, enquanto outros ativos, como ouro, sempre precisam de um intermediário para estar com o ativo.

Outro fator que favorece a criptomoeda nesse cenário é a possibilidade de aplicações no dia a dia. “Embora o ouro tenha um histórico de proteção contra a inflação, não é possível precificar tudo com o metal”.

Segundo o trader da corretora cripto, embora tanto o ouro quanto o bitcoin sejam fracionáveis – ou seja, é possível adquirir partes do ativo, não somente uma unidade completa – a criptomoeda tem maior usabilidade, inclusive em países com alta inflação, como Venezuela e Argentina.

Em cenários como esse, a facilidade, o custo, a rapidez da transação e o fácil acesso são fatores que favorecem a criptomoeda, em detrimento de outros ativos considerados “hedge” contra inflação.

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Diretor de pesquisa da Mercurius Crypto, Orlando Telles aponta que o fato de o bitcoin ser o primeiro ativo digital escasso, o que fez com que muitos acreditassem que a criptomoeda se tornaria, eventualmente, uma forma de reserva de valor – e, portanto, os protegeria do aumento dos preços.

Para Telles, isso se mostrou verdade, de certa forma, em momentos de crise, especialmente durante o primeiro ano da pandemia de coronavírus.

Porém, a situação mudou “a partir da institucionalização do mercado cripto, ocorrido entre 2020 e 2022, que tornou esse mercado extremamente correlacionado ao mercado tradicional”.

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Bitcoin ainda protege contra a inflação?

Com essa alta correlação entre os dois, o mercado cripto é encarado como um mercado de tecnologia, o que aproximou as criptomoedas dos movimentos observados na Nasdaq – Bolsa de Valores considerada “tech heavy”, com forte presença de empresas de tecnologia.

“O bitcoin se comporta muito mais como uma ação de tecnologia, ligado à construção de um eventual ativo como proteção contra inflação do que como um ativo de proteção contra inflação de fato”, afirma Telles.

O gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, Tasso Lago, concorda nesse sentido, afirmando que o bitcoin não é considerado a melhor proteção contra a inflação, mas é um instrumento globalizado para proteção contra a depreciação das moedas fiduciárias.

O gestor ressalta que, para proteger contra a inflação, presume-se que o ativo seja de baixo risco, enquanto o bitcoin é considerada o contrário.

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O preço do bitcoin está correlacionado
ao mercado de ações?

Criptomoeda e o futuro

Para Telles, a consolidação do bitcoin como um ativo de proteção contra inflação se daria a partir da ampla adoção da criptomoeda – algo que pode levar anos para acontecer.

“Ao longo desse próximo ciclo do mercado, não espero que o bitcoin se comporte como uma proteção contra a inflação”, conclui.

Porém, para Lago, o bitcoin ainda pode ser considerado o “ouro digital”, por ser o ativo menos volátil do mercado cripto e com alto potencial de crescimento.

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Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
vitoria.martini@moneytimes.com.br
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