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BlackRock rema contra maré e se mantém firme em Nova York

09 jan 2021, 15:03 - atualizado em 05 jan 2021, 20:04
BlackRock
“O escritório continuará sendo nosso principal local de trabalho a longo prazo”, disseram executivos do alto escalão da BlackRock (Imagem: Facebook/BlackRock)

Um número crescente de empresas de Wall Street tem planos de transferir funcionários de Nova York para centros mais baratos nos Estados Unidos e até mesmo permitir que os talentos trabalhem de casas distantes, mas a BlackRock se mantém firme em Manhattan.

Nos bastidores, executivos da maior gestora de ativos do mundo pediram aos funcionários que não se acostumem muito a trabalhar remotamente em tempo integral, enquanto a empresa espera a mudança para uma nova torre de escritórios em Nova York, onde tem sua sede. Com o avanço da pandemia nos EUA, a gestora estendeu o período de trabalho remoto até o primeiro trimestre deste ano. Mas esse não será o novo normal.

“O escritório continuará sendo nosso principal local de trabalho a longo prazo”, disseram executivos do alto escalão, incluindo o diretor de Operações, Rob Goldstein, em memorando enviado à equipe em novembro. “Os funcionários terão maior flexibilidade para trabalhar remotamente em meio período, mas o trabalho remoto em período integral será feito de forma muito seletiva e com aprovação.”

Retornar aos escritórios em uma escala mais ampla levará tempo, escreveram, e a empresa trabalha para disponibilizar testes regulares de Covid-19 para o maior número de “possível”.

A BlackRock ainda planeja transferir sua equipe de Nova York para o 50 Hudson Yards, um novo arranha-céu no lado oeste de Manhattan, no final de 2022 ou início de 2023, confirmou um porta-voz nesta semana. A mudança, anunciada pela primeira vez em 2016, veio com um incentivo lucrativo: a BlackRock conseguiu US$ 25 milhões em créditos fiscais estaduais para criar centenas de novos empregos e manter os funcionários na região.

Esses compromissos com Nova York, o tradicional centro da indústria de títulos e investimentos dos Estados Unidos, pareceriam comuns em um ano normal. Mas, nos últimos meses, um fluxo constante de empresas financeiras tem anunciado planos para locais alternativos.

O Goldman Sachs avalia transferir parte de sua divisão de gestão de ativos para a Flórida (Imagem: Pixabay)

O Goldman Sachs avalia transferir parte de sua divisão de gestão de ativos para a Flórida, enquanto a Virtu Financial, uma firma de trading de alta velocidade, também está transferindo funcionários para esse estado, enquanto reduz seu espaço de escritórios em Manhattan em 75%. E o banco de investimento Moelis & Co. agora permite que seus talentos trabalhem em cidades de sua escolha.

A BlackRock tem cerca de 16.600 funcionários ao redor do mundo. A empresa está aumentando sua presença fora de Nova York, inclusive em Atlanta, onde tem planos de empregar cerca de 1.000 pessoas até 2024.

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