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BMG adota de maneira definitiva o modelo híbrido de trabalho

29 jun 2021, 11:45 - atualizado em 29 jun 2021, 12:05
Banco BMG
O banco decidiu entregar um terço do espaço do escritório em São Paulo e reformar a área restante para adotar um modelo híbrido de trabalho (Imagem: Reprodução/ Youtube do BMG)

A pandemia está provocando mais uma transformação no BMG (BMGB4): o banco pretende adotar de maneira definitiva o modelo híbrido de trabalho. Essa mudança se soma à intenção de se reiventar como banco digital e ampliar a presença para além da concessão de crédito consignado.

“Home office, que veio como necessidade, se mostrou eficaz e tomamos a decisão de nunca mais voltar ao modelo anterior”, disse a presidente do BMG, Ana Karina Bortoni Dias, a única mulher a comandar um banco brasileiro de capital aberto, em entrevista à Bloomberg.

O banco decidiu entregar um terço do espaço do escritório em São Paulo e reformar a área restante para adotar um modelo híbrido de trabalho. O modelo acolherá em média um grupo de 40% dos funcionários em estrutura presencial, mas a volta parcial da equipe só ocorrerá a partir do momento em que houver segurança em meio à pandemia, segundo Ana Karina.

Com formação em química, Ana Karina iniciou a carreira executiva em 2000 na McKinsey & Company, onde chegou a se tornar sócia em 2010. Após um projeto de consultoria de modelo de gestão para o BMG, surgiu o convite para entrar no banco em 2019.

O BMG tem foco em produtos consignáveis para servidores e pensionistas, mas pretende se tornar um banco digital completo. O número de contas digitais totalizou 3,9 milhões no primeiro trimestre, de um total de 7,2 milhões de clientes pelo critério do Banco Central.

Entre as contas digitais, há 1,6 milhão de clientes relacionados a produtos consignados. O universo remanescente está na mira como força motriz para o crescimento. O banco pretende expandir de 13% a 17% aa carteira de crédito neste ano e fechar o ano com um número entre 4,5 milhões e 5 milhões de contas digitais.

As ações do banco acumulam baixa de 58% desde o valor de R$ 11,60 de seu IPO em outubro de 2019. Logo após a estreia na bolsa, o banco passou pelo que a CEO chama de “tempestade perfeita”, com aumento forte das despesas de causas cíveis, alta do custo médio e outros fatores que impactaram o resultado. Depois do baque, o banco iniciou um processo de transformação que deve se refletir no preço das ações, diz a executiva.

Concorrência

A executiva disse que não teme a concorrência trazida pelas novas ferramentas, como as fintechs, o PIX ou o open baking — que permitirá o compartilhamento dos dados bancários dos clientes com outras instituições, acirrando a disputa por serviços.

Segundo ela, ao invés de uma guerra de preços no setor financeiro, há uma corrida para melhorar a proposta de valor ao cliente. “Quanto mais se aprende a usar novas metodologias e formas, mais se abrem oportunidades para novos entrantes.”

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