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Boa Safra (SOJA3): ‘O Brasil, no que se refere à produção agrícola, é a Arábia Saudita da soja’, diz CEO

16 ago 2023, 13:03 - atualizado em 17 ago 2023, 8:50
Boa Safra
CEO da Boa Safra cita objetivo em produzir 240 mil bags de semente em 2024 e comenta sobre dificuldades que afetam a companhia; entenda (Imagem: Divulgação/Boa Safra)

O Agro Times conversou com Marino Colpo, CEO da Boa Safra (SOJA3), após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). Em entrevista, o executivo destacou o crescimento da companhia desde o IPO realizado em 2021.

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“Nós temos crescido muito basicamente por conta dos expressivos investimentos realizados. Nosso objetivo é fazer 240 mil bags de semente em 2024, um forte avanço quanto aos 100 mil bags do IPO”, explica.

A Boa Safra registrou um lucro líquido de R$ 27,8 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), forte alta de 349% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Já o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 10,6 milhões, elevação de 110% em relação ao segundo trimestre de 2022.

Crescimento e sazonalidade

Segundo o CEO, muito dos resultados de crescimento vem das construções de plantas e centros de distribuição que já estão entrando na operação da companhia.

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“Ao fim de 2023, encerramos um ciclo de R$ 500 milhões em investimentos do IPO pra cá, sendo que apenas em 2023 estamos investindo R$ 155 milhões, com fortes investimentos ano após ano”, diz.

Dessa forma, Colpo ressalta que a Boa Safra é uma empresa sazonal. Sendo assim, o crescimento na comparação com o mesmo período do ano passado tem pouca relevância.

“Normalmente, temos um primeiro e segundo trimestre fraco, e um terceiro e quarto trimestre forte. Por que isso acontece? No primeiro intervalo (1T e 2T), temos muitas despesas, compramos toda matéria-prima. Com isso, o nível de endividamento sobe. Apenas no 3T e 4T que temos o faturamento da soja, já que somos uma empresa que vende sementes de soja ao produtor”, explica.

Dificuldades e o protagonismo da soja do Brasil

Quando perguntado sobre os desafios macroeconômicos para a Boa Safra, Colpo salientou as dificuldades impostas para 2023, pensando também na queda dos preços das commodities.

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“Esse é um ano de El Niño. O que isso significa? 2023 será um ano de menores chuvas, principalmente no Nordeste, sendo que é uma região que responde por boa parte da produção brasileira, e maiores acumulados no Rio Grande do Sul, Argentina, Paraguai e Uruguai. Dessa forma, há um cenário mais desafiador no curto prazo, que pode encurtar as margens dos produtores rurais, ainda que não seja necessariamente um cenário ruim para a Boa Safra”, discorre.

No entanto, quanto ao longo prazo, o CEO afirma que o cenário é justamente o contrário.

“O Brasil, mesmo em um cenário de dificuldades nos preços das commodities, é mais competitivo que o resto do mundo. Somos basicamente a Arábia Saudita no que diz respeito à produção de soja, fazendo uma referência ao petróleo dos sauditas”, conclui.

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Confira a entrevista completa com a Boa Safra:

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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