Política

Bolsonaro defende cuidado com dosagem da reforma administrativa

02 dez 2019, 13:52 - atualizado em 02 dez 2019, 13:52
Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia no Palácio do Planalto
Presidente disse ainda que se sente feliz com o casamento com o ministro Paulo Guedes (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira estar feliz com o “casamento esterno” com o ministro Paulo Guedes e com os resultados na economia e defendeu cuidado na dosagem da reforma administrativa, que deve ser apresentada ao Congresso apenas no ano que vem.

“Eu estou muito feliz com esse casamento hétero com o Paulo Guedes na questão da economia, e ele em grande parte é um dos responsáveis pelo nosso governo hoje em dia, no meu entender, ter mais de 50% de apoio por parte da sociedade”, disse o presidente em entrevista à rádio Itatiaia.

Bolsonaro reconheceu na entrevista que a reforma da Previdência, aprovada pelo Congresso neste ano, é uma medida amarga, mas que a população entendeu a necessidade dela.

O presidente disse ainda que uma simplificação tributária é muito bem-vinda, mas ressaltou que não adianta mandar ao Congresso o que o governo acha ideal, mas sim o que é possível de ser aprovado. E defendeu a importância do tempo político e de se saber “dosar o remédio” nas reformas.

“As demais reformas são importantes sim, a questão da administrativa é a questão do tempo, nós temos que saber a dosagem, porque às vezes o remédio muito forte pode transformar-se em um veneno, e essa preocupação existe, a equipe econômica entendeu”, disse Bolsonaro.

O projeto de reforma administrativa a ser encaminhado pelo governo Bolsonaro ao Legislativo deve propor uma reformulação nas carreiras do setor público, assim como alterações nas regras existentes para os servidores.

Inicialmente a expectativa era de que a proposta fosse encaminhada pelo governo ao Congresso no início de novembro, mas na semana passada o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barro, disse que isso só deve ocorrer no início de 2020.

“Eu sei que lá (no Ministério da Economia) o pessoal pensa muito em números, mas a parte social e política fica pelo meu encargo aqui. Assim como ouço o Paulo Guedes 90% do que ele fala, ele me ouve 90% da minha posição política. Estamos perfeitamente alinhados”, acrescentou.

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