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Bradesco (BBDC4) aproveita onda da Cielo (CIEL3) e salta mais de 6%, mas resultados vêm aí; saiba o que esperar

06 fev 2024, 20:48 - atualizado em 06 fev 2024, 20:52
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Bradesco divulgará seus resultados nesta quarta-feira (7) (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

A disparada de mais de 6% do Bradesco (BBDC4) foi destaque do Ibovespa nesta terça-feira (6), e não por acaso. Como pano de fundo, o banco lançou, em conjunto com o Banco do Brasil (BBAS3), a proposta de uma OPA (oferta pública para aquisição de ações) da Cielo (CIEL3).

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Os bancos propuseram o valor por ação de R$ 5,35 para adquirir a totalidade dos papéis em circulação. Caso aprovada a operação, a Cielo terá seu registro de companhia aberta convertido da categoria “A” para a “B”, o que significa que não será possível negociar títulos relacionados ao seu capital social, como ações, units, certificados de ações ou títulos conversíveis em ações, como debêntures.

Sua classificação as limita a negociar apenas títulos de dívida, como debêntures não conversíveis.

Segundo a Ativa Investimentos, embora tenha vindo “atrasado”, a proposta da OPA é positiva para os bancos, visto que dá maior flexibilidade para a instituição financeira.

A corretora levanta que o banco pode “perder rentabilidade em uma linha específica para ganhar em outra, trazendo importantes diferenciais competitivos em um acirrado mercado”.

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A Ativa ainda classificou o valuation como interessante, visto que a Cielo negocia a múltiplos inferiores a seus pares.

Além disso, a Cielo detém 70% da participação da Cateno, uma empresa que possui os direitos de receber as taxas de intercâmbio do BB pelas próximas décadas, “um negócio que deveria ter prêmio em relação à adquirência”.

No caso do Bradesco, especialmente, analistas ressaltam que esse é o primeiro grande movimento da nova gestão. Vale lembrar que Marcelo Noronha, atual presidente-executivo do banco, já atuou como conselheiro da Cielo.

Caso Cielo levanta ações do Bradesco, mas e a temporada de resultados?

O Bradesco divulga seus resultados do quarto trimestre de 2023 nesta quarta (7). A companhia deve seguir o movimento visto no trimestre anterior, de recuperação, embora os números venham abaixo dos pares Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil.

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Na avaliação do Itaú BBA, as mesmas tendências da última safra devem se mostrar presentes dessa vez, com um NII (receita líquida de juros) cliente 3% menor e provisões de crédito ainda em patamares elevados, apesar de um ligeiro aumento sequencial da carteira de crédito.

A Genial Investimentos segue a mesma linha. O time de análise não espera grandes mudanças, com um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) ainda se apresentando fraco em relação ao seu histórico.

Como o BBA, a corretora aponta um NII cliente ainda pressionado e provisões sofrendo leve expansão no comparativo trimestral.

Os pontos positivos devem ficar para uma melhora sequencial significativa do NII mercado e leve aumento da receita com tarifas, acrescenta.

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Todos os olhos voltados ao guidance

Além dos resultados, o mercado espera com expectativa pelo guidance do Bradesco psta 2024. As apostas do BBA vão para um guidance conservador, representando bem a fase de transição da empresa com uma retomada gradual de linhas de crédito com retornos maiores, como varejo e PMEs (pequenas e médias empresas), foco na renda mais alta e esforços de controle de custos nos serviços mainstream.

Na visão da Genial, além do guidance, o Bradesco deve apresentar um amplo plano de reestruturação que deve abranger desde mudanças de gerências, redução de custos, investimentos em tecnologia e até mudanças culturais no banco.

Sob o novo comando, o Bradesco deve seguir uma mudança gradual ao longo dos próximos 2-3 anos para fazer frente às mudanças de um mundo mais tecnológico, ágil e menos presencial, acrescenta a corretora.

“O banco pretende voltar a crescer no segmento baixa renda, mas para isso terá que diminuir muito o custo de servir, o custo de aquisição e melhorar a inadimplência do segmento”, completa.

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De acordo com levantamento da Bloomberg, para os resultados do quarto trimestre do ano passado, o consenso do mercado espera um lucro líquido de R$ 4,79 bilhões.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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