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Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil: lucro dos bancos salta 35% no 1º tri; os gigantes acordaram?

07 maio 2021, 17:02 - atualizado em 08 maio 2021, 17:46
O Bradesco foi o que lucrou mais: R$ 6,515 bilhões. Em seguida vem o Itaú, Banco do Brasil e Santander (Imagem: Criação Money Times, Gustavo Kahil/Money Times e Angel Navarrete/Bloomberg)

Os bancões, que sofreram durante o período mais agudo da Covid-19 devido à alta das provisões – dinheiro reservado para possíveis calotes – agora parecem demostrar alguma reação.

Segundo levantamento da Economática, o lucro dos quatro bancos somados – Itaú (ITUB4), Santander (SANB11), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) – saltou 35% no primeiro trimestre ante o mesmo período do ano passado.

O Bradesco foi o que lucrou mais: R$ 6,515 bilhões. Em seguida vem o Itaú, Banco do Brasil e Santander.

O lucro consolidado no 1º trimestre de 2021 é o segundo maior desde que a série foi criada em 2009. O maior lucro para um primeiro trimestre foi em 2019, com R$ 19,9 bilhões.

De acordo com o analista da Ativa Investimentos, Leo Monteiro, em entrevista ao Money Times, é necessário ter cautela em relação a esse aumento.

O problema está na base de comparação: no primeiro trimestre do ano passado, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil elevaram, em muito, seus provisionamentos para se protegerem da crise da Covid.

“De todo o modo, os resultados foram sólidos, com bom controle de custos e de ganho de eficiência, importante para enfrentar os bancos digitais, e com uma margem financeira sólida”, argumenta.

Mesmo assim, os bancos ainda guardam um ponto de interrogação. A grande questão é saber se haverá, ou não, aumentos de provisões.

E isso depende do cenário econômico e do número de casos da Covid. Além disso, o fim do auxilio emergencial pode colocar pressão em algumas linhas dos resultados.

“Apesar do nível de inadimplência ter se mantido estável, é provável que o nível de provisão piore ao longo de 2021”, prevê.

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O volume de dividendos e juros sobre o capital próprio distribuídos no período somaram R$ 18,1 bilhões, o quarto maior em 12 anos (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Já as receitas operacionais dos bancões caíram 23,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Dinheiro no bolso: e os dividendos?

O volume de dividendos e juros sobre o capital próprio distribuídos no período somaram R$ 18,1 bilhões, o quarto maior em 12 anos.

Monteiro lembra que os proventos do ano passado foram prejudicados pelos lucros menores e as restrições de dividendos máximos em 25%.

“É possível que os bancos voltem a distribuir dividendos próximo aos níveis pré-pandemia com o aumento dos lucros”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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