Internacional

Brasil adota linha pragmática com China e Arábia Saudita

19 dez 2019, 18:27 - atualizado em 19 dez 2019, 18:27
Aliado de longa data de Bolsonaro, o ministro disse que o Brasil está no caminho de se tornar o motor do crescimento econômico da América Latina (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Brasil não permitirá que sensibilidades políticas atrapalhem o bom relacionamento com os principais parceiros comerciais ou potenciais investidores, incluindo China e Arábia Saudita, disse o ministro-chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aliado de longa data de Bolsonaro, a quem muitas vezes acompanha em viagens internacionais, o ministro disse que o Brasil está no caminho de se tornar o motor do crescimento econômico da América Latina e, portanto, precisa tratar de negócios mesmo com países que têm sistemas políticos e econômicos radicalmente diferentes.

O Brasil espera arrecadar R$ 1,3 trilhão nos próximos anos por meio de leilões de concessões para aeroportos, portos e exploração de petróleo, e também por meio da privatização de empresas estatais, como os Correios.

Mas a política externa passou por uma guinada desde que Bolsonaro assumiu o poder com a promessa de alinhar completamente o país às políticas dos EUA.

Nos últimos meses, o líder brasileiro trocou farpas com o novo presidente de esquerda da Argentina e causou alvoroço entre os parceiros comerciais do Oriente Médio com a decisão de abrir um escritório comercial em Jerusalém.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Lorenzoni: Nosso problema é o seguinte: a Arábia Saudita tem hoje um fundo soberano de bilhões de dólares e o Brasil precisa de investimento (Imagem: Presidência da Rússia)

Em entrevista no palácio do Planalto de Brasília, Lorenzoni minimizou as tensões com o presidente argentino Alberto Fernandez, ao dizer que “as coisas vão se ajeitar” entre as duas maiores economias da América do Sul. Ele também defendeu relações pragmáticas com a China e Arábia Saudita.

“A China é o nosso maior comprador. Precisa da commodity brasileira, tem dinheiro, expertise e algumas das maiores empresas do mundo, então vamos negociar pragmaticamente”, disse ele.

O mesmo vale para a Arábia Saudita. Lorenzoni rejeitou a ideia de que o assassinato do jornalista e crítico do governo Jamal Khashoggi por agentes sauditas em 2018 seja um constrangimento na relação bilateral.

“Isso é um problema” do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman “com a sociedade dele, com os organismos internacionais”, disse. “Nosso problema é o seguinte: a Arábia Saudita tem hoje um fundo soberano de bilhões de dólares e o Brasil precisa de investimento.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A promessa da Arábia Saudita de investir US$ 10 bilhões no Brasil é “só o início” de uma onda de investimentos, principalmente em infraestrutura, disse o ministro. Ele acrescentou que os países estão montando um conselho para decidir o momento dos investimentos, bem como os setores que se beneficiarão deles.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar