Política

Brasil recebe carta-convite da OCDE, diz Guedes

25 jan 2022, 18:05 - atualizado em 25 jan 2022, 21:47

O Brasil recebeu uma carta-convite para fazer parte da OCDE, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes em entrevista coletiva nesta terça-feira (25).

De acordo com o ministro, o Brasil passou a cumprir 103 dos 251 requisitos exigidos para fazer parte da organização. Segundo Guedes, o país está 30 anos na espera para fazer parte da OCDE.

Em declaração feita no Palácio do Planalto ao lado dos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e das Relações Exteriores, Carlos França, Guedes afirmou que o processo de entrada no organismo internacional exige a continuidade de reformas estruturantes, como novas regras tributárias, liberalização financeira e acordos internacionais.

“Mandei carta à OCDE na semana passada com os dois últimos requisitos que faltavam, a lei cambial que o Congresso aprovou e a Receita Federal dizendo que como a lei cambial foi aprovada, nós nos comprometemos a reduzir o IOF [sobre fluxos internacionais]”, disse.

O ministro afirmou que, ao longo dos anos, o Mercosul acabou arrefecendo em vez de servir como grande plataforma de lançamento dos países. Por isso, segundo ele, o governo colocou como meta a adesão à OCDE.

Guedes disse ainda que o convite formal para as negociações de acesso à OCDE é um reconhecimento da importância do Brasil.

Na tarde desta terça, a OCDE anunciou que decidiu abrir negociações com seis países candidatos a se associarem à entidade, incluindo o Brasil.

A decisão se deu após avaliação do progresso feito pelos seis países desde que solicitaram adesão à organização, disse a OCDE em nota. Além do Brasil, Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia tivera o início das negociações aprovado.

“Não há prazo para a conclusão dos processos de adesão. O resultado e o cronograma dependem da capacidade de adaptação e ajuste de cada país candidato para se alinhar aos padrões e melhores práticas da Organização”, disse a OCDE.

A entidade destacou que serão agora estabelecidos roteiros individuais para o processo de avaliação detalhado de cada um dos seis países, que alinharão termos, condições e processos de adesão que reflitam áreas prioritárias já identificadas pelo conselho.

Na coletiva, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira criticou governos anteriores por não terem feito esforços para entra entrar na organização.

“Nos últimos governos, nós nos relacionávamos apenas com economias periféricas e com cunho ideológico. No governo atual isso mudou”, afirmou.

(Com Reuters)

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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