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BRF: cenário desafiador coloca ponto de interrogação nas ações

08 jan 2021, 18:17 - atualizado em 08 jan 2021, 18:17
Perdigão BRF
“Os desafios operacionais inerentes ao plano estratégico, em um setor cíclico e cada vez mais competitivo”, afirma o analista (Imagem: BRF/Youtube)

A Ativa está pessimista com o plano estratégico da BRF (BRFS3) para os próximos 10 anos, mostra relatório de início de cobertura divulgado nesta sexta-feira (8).

A corretora estabeleceu em R$ 25,20 o preço-alvo, potencial de valorização de 14,9%, com recomendação neutra.

“Os desafios operacionais inerentes ao plano estratégico, em um setor cíclico e cada vez mais competitivo, sustentam nossa visão neutra para a tese da companhia”, afirma o analista Pedro Serra, que assina o relatório.

Os caminhos traçados pela BRF apontam para maior diversificação de mercados e geografias, maior foco em produtos de valor agregado, liderança no segmento pet e criação de produtos inovadores.

“Enxergamos o plano como desafiador, diante de metas ambiciosas de crescimento de receita, Ebitda e margens, além de um elevado volume de investimentos e previsão de retomada do pagamento de dividendos”, argumenta.

Apesar disso, a marca tende a se beneficiar do crescimento da população e do aumento no consumo de proteínas e alimentos processados em um ambiente de mudança nos hábitos de consumo, cada vez mais voltados para a praticidade de refeições prontas, rápidas e saudáveis.

“Nesse sentido, a BRF busca aumentar a presença de produtos de maior valor agregado em seu portfólio, de forma a reduzir a exposição à volatilidade dos ciclos dos produtos in natura e grãos utilizados como insumo no processo produtivo”, afirma o analista.

Já no ambiente internacional, ele pontua que a BRF se beneficia da forte presença no mercado halal, que possui drivers robustos de crescimento, com operação e distribuição próprias, modelo a ser replicado no mercado asiático.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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