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BTG Pactual (BPAC11) entregará resultados que calarão preocupações do mercado, diz BBA

22 jun 2022, 19:12 - atualizado em 22 jun 2022, 19:12
BTG Pactual BPAC11
Units do BTG chegaram a cair 15% no último mês, criando um bom ponto de entrada (Imagem: Money Times/ Diana Cheng)

A queda no mercado de ações fez com que uma parcela de investidores começasse a duvidar da boa performance dos bancos brasileiros no primeiro trimestre do ano.

O medo fez com que alguns papéis fossem penalizados. No caso do BTG Pactual (BPAC11), as units da instituição, compostas por uma ação ordinária e duas preferenciais, chegaram a cair 15% no último mês, criando um bom ponto de entrada, afirma o Itaú BBA.

A instituição reforçou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para os papéis, com preço justo estimado ao fim de 2022 de R$ 35, pois entende que o banco vai entregar sólidos resultados na próxima temporada. A cifra embute uma alta potencial de 53,3% sobre os R$ 22,83 com que o papel fechou nesta quarta-feira (22).

“Esperamos que os resultados do segundo trimestre de 2022 do BTG mitiguem o medo de que o primeiro trimestre foi anormalmente forte ou que o guidance de aproximadamente 20% do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) para 2022 está sob risco”, comentam os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, em relatório divulgado nesta quarta-feira (22).

As units do BTG dispararam 5,55% hoje, a R$ 22,83, após a divulgação do relatório.

2T22

A tese de investimento do BBA para o BTG sugere um lucro líquido trimestral de R$ 2 bilhões, alta de 18% no comparativo anual. O time de análise espera que a companhia reporte crescimento sequencial de receita em todas as suas unidades de negócio.

A divisão de Investment Banking deve reportar receitas na ordem de R$ 400 milhões, com a atividade de renda fixa mitigando os efeitos negativos do mercado de ações.

No segmento de Corporate Banking, as receitas estimadas são de aproximadamente R$ 850 milhões, o que implica um crescimento em torno de 30% na comparação anual.

Para a divisão de Asset Management, o BBA estima receitas em R$ 340 milhões, alta de 27% na comparação ano a ano, enquanto Sales & Trading deve reportar um montante de R$ 1,2 bilhão (já conservador, na opinião dos analistas).

Em Wealth Management, o BTG deve reportar um crescimento anual de 64% de receita, a R$ 616 milhões, avalia o BBA. De acordo com a instituição, o banco deve ser capaz de gerar um yield de receita líquida de aproximadamente 50 pontos-base, acima dos 43 pontos-base registrados em 2021.

O BBA afirma que a divisão de Wealth Management, embora represente somente 15% das receitas, tem um papel fundamental nos múltiplos de valuation. A unidade pode escalar em um grande mercado endereçável, diz a instituição.

“Outro conjunto de bons resultados dessa divisão confirmaria a qualidade dos produtos e serviços do BTG e os acordos assertivos de IFA”, completa.

Na avaliação do BBA, o segmento de Wealth Management será o destaque positivo dos resultados do BTG, contrastando com a indústria.

Olhando para frente, a instituição acredita que o Índice de Basileia deve ultrapassar os atuais 15% sem comprometer o crescimento. Segundo os analistas, a melhora virá naturalmente por uma combinação de ROE saudável, desaceleração de crescimento da carteira de crédito e menos aquisições de participação em ativos.

O BBA também não vê necessidade de o BTG voltar ao patamar da pandemia, quando o Índice de Basileia estava em 16-18%.

“Esses níveis foram temporariamente aplicados para navegar mercados mais incertos, tanto como um mecanismo de defesa quanto para capitalizar as oportunidades que surgiam da turbulência do mercado”, comentam Leduc, Raffaelli e Barranjard.

O BTG continua sendo a principal escolha de crescimento no setor financeiro do BBA para a próxima temporada de resultados e no ano.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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