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Burger King Brasil (BKBR3): Conselho se opõe à oferta do Mubadala

18 ago 2022, 9:06 - atualizado em 18 ago 2022, 9:06
Burger King BKBR3
Companhia não possui um acionista controlador. (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

O conselho de administração da Zamp, razão social do Burger King Brasil (BKBR3), se opôs à oferta do Mubadala para a compra de 45,15% das ações da companhia.

Segundo o Burger King Brasil, o valor de R$ 7,55 por ação oferecido pelo fundo está abaixo do preço justo – que estaria entre R$ 9,96 e R$ 13,47, com ponto médio de R$ 11,72, de acordo com a empresa, que disse ter contratado um assessor financeiro.

O conselho de administração recomendou aos acionistas da companhia que recusem a oferta do Mubadala.

Como alternativa à aceitação da oferta, o conselho de administração, segundo o Burger King, entende que os acionistas da companhia poderão manter a totalidade das ações de sua propriedade, caso acreditem que a cotação das ações de emissão da companhia tende a aumentar.

Outra alternativa seria vender os papéis antes da data do leilão por meio de transações privadas e realizadas no ambiente da B3. “Ressalta-se que a cotação das ações na B3 poderá não se manter acima do preço por ação da oferta”, disse a empresa.

“Ademais, o conselho de administração não tem ciência da intenção de qualquer investidor de formular oferta concorrente”.

O que pode acontecer

Caso a oferta seja bem-sucedida, na visão do assessor financeiro, haverá uma redução relevante na liquidez das ações de emissão da companhia, tendo em vista que a ofertante se tornará titular 50,10% do capital social da empresa.

“Não é possível, contudo, precisar o impacto dessa redução de liquidez, uma vez que a liquidez não é impactada apenas pelo número de ações de emissão da companhia em circulação”, disse o Burger King Brasil

Além disso, destacou a empresa, atualmente a companhia não possui um acionista controlador, “o que é um fator importante para a existência de liquidez das ações”.

“Os interesses do potencial novo atual acionista controlador podem ser conflitantes com os interesses dos demais acionistas”, disse a empresa.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o acionista controlador têm o poder de eleger a maioria dos membros do conselho de administração, exercer o controle geral sobre a administração, determinar suas políticas, vender ou de alguma forma transferir ações que representem o seu controle por eles detidas e determinar o resultado de qualquer deliberação de seus acionistas.

“Assim, o acionista controlador da companhia poderá ter interesse em realizar aquisições, alienações de ativos, parcerias, busca de financiamentos, ou tomar outras decisões que podem ser conflitantes com os interesses dos demais acionistas e que podem não resultar em melhorias nos seus resultados operacionais, causando um efeito relevante adverso para a empresa”.

Veja o documento divulgado pela empresa:


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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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