Comprar ou vender?

Bye, Bye: Duas ações que Luiz Barsi vendeu — e uma que tem vontade de vender

17 jul 2023, 13:49 - atualizado em 17 jul 2023, 16:47
Luiz Barsi
Barsi revela quais ações deixaram o seu portfólio (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

Embora não faça recomendações, investidores estão sempre de olho em quais papéis Luiz Barsi, o maior investidor pessoa física da bolsa, investe (ou vendeu).

Em entrevista ao site Inteligência Financeira, o investidor disse quais papéis deixaram o seu portfólio. Além disso, Barsi também revelou um papel da carteira que tem vontade de se desfazer. Veja a seguir.

Tchau, Itaúsa

Entre as ações que o investidor se livrou, está a holding que controla o Itaú (ITUB4), a Itaúsa (ITSA4). A empresa realizou uma série de investimentos nos últimos anos, como a compra de participação de 15% na CCR (CCRO3).

Em 2022, o dividend yield (rendimento de dividendos) da companhia ficou em 6,9%, acima dos 4,2% de 2021, mas menor do que em 2019, quando chegou a 8,45%.

“Vendi, porque ela deixou de ser um papel que distribui bons dividendos. Talvez eu seja muito preocupado com detalhes, mas a Itaúsa foi uma empresa que surgiu no mercado e é dona do banco Itaú. Só que o Itaú começou a investir em outros segmentos e foi aumentando a quantidade de ações. Então, hoje ela tem uma quantidade de ações que dificilmente consegue remunerar bem”, disse ao portal.

Bye, Bye, Ultrapar

A Ultrapar (UGPA3), dona de postos dos combustíveis Ipiranga, é outro papel que saiu da carteira do investidor. Barsi explica que comprou a empresa por “acidente”.

“Eu tinha ações da Ipiranga Distribuidora, que comprou o Ultra. O Grupo Ultra sofreu uma crise de miopia. Eles desviaram investimento no que eles mais sabiam fazer. Investiram na Oxiteno, uma petroquímica, e na Extrafarma, uma rede de farmácia. Eu falei com eles, achei que não ia dar certo – e não deu certo”, coloca.

A Extrafarma foi apontada como um grande erro da Ultrapar por analistas, justamente pela falta de experiência da empresa com o negócio.

Em 2021, a Extrafarma foi comprada pela Pague Menos (PGMN3) por R$ 700 milhões. Já a Oxiteno foi vendida no mesmo ano para a tailandesa Indorama Ventures por US$ 1,3 bilhão.

‘Vontade de cair fora’

Barsi afirmou que possui ações da Eternit (ETER3), mas “tem vontade de cair fora”. “Não é mais o mesmo papel quando eu comprei há 10 ou 15 anos atrás.”

No primeiro trimestre de 2023, a empresa lucrou R$ 23 milhões, alta de 56% ante o mesmo período do ano passado.

Além disso, anunciou o pagamento de R$ 4,8 milhões em juros sobre o capital próprio.

Ainda em recuperação judicial, a fabricante aposta em telhas solares para dar a volta por cima, após a Justiça ter proibido a fabricação de amianto.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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