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C&A (CEAB3) dispara 8% após balanço; BTG cita dois motivos para comprar ações

05 nov 2025, 12:47 - atualizado em 05 nov 2025, 12:47
C&A
(Imagem: BalkansCat/iStock)

As ações da C&A (CEAB3) operam entre os destaques positivos do Ibovespa (IBOV) no pregão desta quarta-feira (5), com uma recepção positiva aos resultados referentes ao terceiro trimestre deste ano, divulgados na véspera.

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Por volta de 12h30 (horário de Brasília), as ações da C&A saltavam 8,26%, a R$ 17,30. Acompanhe o tempo real.

A varejista de moda registrou lucro líquido de R$ 69,5 milhões no 3T25, uma alta de 62,2% em comparação com o mesmo período em 2024. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 208,8 milhões, alta de 4,4% no ano e com expansão de 0,2 ponto percentual da margem — que foi para 11,3%.



Na avaliação do BTG Pactual, a companhia entregou um resultado sólido, apesar do trimestre mais desafiador.

Os analistas do banco destacam que houve uma desaceleração no crescimento das vendas nas mesmas lojas, mas uma expansão decente no resultado financeiro (impulsionada por ligeiros ganhos nas margens) e uma geração sólida de caixa livre.

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Para a XP Investimentos, os números vieram dentro do esperado. A equipe de analistas destaca o sólido desempenho no segmento de vestuário, ainda que em desaceleração, principalmente atribuída às adversidades climáticas.

“Além disso, a aceleração do encerramento da operação de eletrônicos e as vendas pressionadas do C&A Pay, devido à concessão de crédito mais restrita, impactaram a receita consolidada”, pontua a XP.

Na visão da casa, essas dinâmicas eram amplamente esperadas, com uma leve surpresa positiva na rentabilidade mesmo diante de tendências fracas na receita, enquanto a geração de fluxo de caixa livre também foi sólida, levando a alavancagem a cair para níveis próximos do neutro.

Hora de comprar C&A?

Na visão do BTG Pactual, a combinação de espaço para melhorias operacionais e um balanço patrimonial desalavancado resultam em recomendação de compra para C&A. O banco tem preço-alvo de R$ 23 para a ação.

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“Embora reconheçamos a desaceleração das tendências de consumo no terceiro trimestre, continuamos otimistas em relação a C&A, pois a empresa continua a aumentar a produtividade e a lucratividade das lojas, mantendo uma postura conservadora em seus negócios de crédito — o que reduz o risco em um ambiente de taxas de juros ainda altas”, dizem os analistas.

A XP também mantém sua recomendação de compra, tendo em vista que os resultados reforçam a execução consistente da C&A e sua história de autossuficiência.

3T25 da C&A

A C&A teve um resultado financeiro líquido negativo em R$ 72,5 milhões, menor do que os R$ 92,1 milhões de um ano antes. A varejista reduziu seu endividamento bruto em 37,2%, para R$ 1,2 bilhão, e o líquido em 89,6%, para R$ 91,5 milhões.

A companhia teve uma melhora de nove dias do seu ciclo de caixa e geração de R$ 377,4 milhões em caixa operacional no 3T25, alta de 10,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a C&A, o resultado foi impulsionado por melhor gestão de estoques e maior giro de produtos de vestuário.

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No que tange a receita, a companhia destacou que o faturamento de vestuário cresceu 8,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2024, para R$ 2,7 bilhões. Do outro lado, porém, o faturamento com eletrônicos e beleza caiu 26,1%, para R$ 120,3 milhões.

Quanto ao braço de eletrônicos e beleza, a C&A explica que concluiu em setembro sua saída do setor de telefonia celular, em um processo de desmobilização que, segundo a varejista, foi “bem-sucedido”.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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