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Café arábica recua na ICE após máxima de quase 7 anos diante de geadas no Brasil

27 jul 2021, 18:44 - atualizado em 27 jul 2021, 18:44
Café
O café robusta para novembro fechou em queda de 35 dólares (Imagem: Pixabay)

Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE fecharam em queda nesta terça-feira, depois de atingirem altas de quase sete anos na sessão anterior, enquanto participantes do mercado se esforçavam para avaliar os danos à safra causados ​​pelas geadas da semana passada no maior produtor, o Brasil.

As previsões de uma nova frente fria para esta semana mantiveram o mercado nervoso, mas os players deram um passo para trás por enquanto, após ganhos de cerca de 30% desde segunda-feira da última semana.

Café

O café arábica para setembro fechou em queda de 6,05 centavos de dólar, ou 2,9%, em 2,0175 dólares por libra-peso,tendo fechado com um ganho de 9,9% na segunda-feira, após atingir pico de 2,1520 dólares, a máxima desde outubro de 2014.

Estima-se que as fortes geadas registradas nas regiões agrícolas do Brasil na semana passada tenham atingido 11% da área total de café arábica, reduzindo o potencial de produção para a próxima safra.

Os operadores afirmaram que, embora alguns relatórios estejam lançando dúvidas sobre a intensidade da frente fria que se aproxima nesta semana, mais frio, mesmo sem geadas, é ruim para os cafezais, uma vez que já estão danificados.

Também existem preocupações com as previsões de chuvas leves nos próximos dias, pois se forem seguidas de geadas, as raízes congelariam, matando completamente as árvores.

O café robusta para novembro fechou em queda de 35 dólares, ou 1,8%, em 1.940 dólares a tonelada.

Açucar

O açúcar bruto para outubro fechou em queda de ​0,07 centavo de dólar, ou 0,4%, em 18,35 centavos de dólar por libra-peso​​, depois de ter atingido a máxima desde o fim de fevereiro em 18,73 dólares.

Os operadores disseram que o mercado de açúcar despertou para o potencial de novos danos causados ​​por geadas nas áreas de cultivo de cana-de-açúcar no Brasil, que também é um grande produtor de açúcar.

As geadas representam uma ameaça menor à produção de açúcar do Brasil, razão pela qual o mercado não reagiu tanto quanto com o café na semana passada, embora os preços do adoçante tenham subido mais de 9% desde segunda-feira da última semana.

O Brasil produziu 2,94 milhões de toneladas de açúcar na primeira quinzena de julho, 2,8% a menos no comparativo anual, afirmou a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) nesta terça-feira, acrescentando que ainda não há clareza sobre os impactos das geadas.

Açúcar branco para outubro ​​​fechou em queda de 1,70 dólar, ou 0,4%, em 454,70 dólares a tonelada.

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