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Café recua após pico de US$ 2/libra-peso na ICE com geadas no Brasil; açúcar avança

23 jul 2021, 18:43 - atualizado em 23 jul 2021, 18:43
Café arábica
O café robusta para setembro fechou em alta de 10 dólares, ou 0,5%, em 1.899 dólares a tonelada (Imagem: REUTERS/Enrique Castro-Mendivil)

Os contratos futuros do café arábica negociados na ICE recuaram nesta sexta-feira após uma forte recuperação que os levou a máximas de seis anos e meio, acima dos 2 dólares por libra-peso, com investidores se preocupando com padrões de entrega enquanto avaliavam o dano da safra no maior produtor, Brasil, afetada por geadas.

Café

O café arábica para setembro fechou em queda de 4,65 centavos de dólar, ou 2,4%, a 1,89 dólar por libra-peso, depois de ter atingido o preço máximo em mais de 6 anos e meio de 2,0950 dólares.

O contrato ganhou 18,5% na semana.

“O humor agora está muito difícil”, afirmou um trader do mercado físico de arábica, localizado na Europa.

Ele disse que o risco é que as estimativas de 3 milhões a 5 milhões de sacas em danos para a safra do ano que vem – igual a 10% de toda a produção – possam ser ainda maiores, e não menores, porque a extensão total dos danos leva dias para aparecer.

Outro trader concordou, afirmando que também existem preocupações sobre a frente fria da semana que vem, apesar dos especuladores terem decidido embolsar lucros antes do final de semana.

As geadas inesperadas atingiram as principais regiões de produção de café do Brasil, os Estados de Minas Gerais e São Paulo na terça-feira.

Os cafezais são extremamente sensíveis às geadas, que matam as folhas, forçando a planta a crescer novamente na próxima temporada, enquanto as geadas fortes podem matar as árvores completamente.

O café robusta para setembro fechou em alta de 10 dólares, ou 0,5%, em 1.899 dólares a tonelada, após atingir a máxima em quase quatro anos de 1.993 dólares.

Açúcar

Açúcar bruto para outubro avançou 0,55 centavo de dólar, ou 3,1%, em 18,17 centavos de dólar por libra-peso, uma máxima de duas semanas.

As geadas também atingiram as áreas de cana-de-açúcar no Brasil, que é um importante produtor do adoçante, mas acredita-se que elas tenham causado menos impacto porque as áreas afetadas já foram colhidas.

Entretanto, os operadores afirmaram que as geadas poderiam afetar a colheita da próxima temporada, embora o dano da safra da cana demore mais tempo para ser avaliado e dependa da adequação das chuvas daqui pra frente.

A cana, que é essencialmente uma gramínea, é mais resistente que o café.

O açúcar branco para outubro ​​fechou em alta de 10,70 dólares, ou 2,4%, em 457,70 dólares a tonelada.

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