Caos em Brasília ainda não pesa nos ativos, mas pode gerar impactos indiretos para as ações no longo prazo, diz analista

Os ruídos do cenário político continuam causando incertezas para o mercado brasileiro. As tensões entre os três poderes cresceram nos últimos dias, com parte dos parlamentares travando os trabalhos e pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

No Giro do Mercado desta quinta-feira (7), a jornalista Paula Comassetto recebeu Matheus Spiess, estrategista da Empiricus Research afirmou que o caos em Brasília ainda não afeta diretamente os ativos, mas pode impactar no futuro.

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“Com a poeira abaixando, os ativos poderiam se comportar melhor. Você não vê essa questão do Congresso fazer preço, mas comentamos aqui porque desdobramentos indiretos podem afetar uma tese muito importante que é a questão eleitoral”, afirma o estategista.

Apesar disso, Spiess destaca que o governo sofre com falta de apoio no Congresso Nacional, o que deve dificultar a aprovação de qualquer medida até a chegada das eleições de 2026.

“A governabilidade é fraca e isso não vai mudar. É um governo que hoje se defende basicamente da bandeira da isenção do imposto de renda e vai querer brigar pra aprovar isso no segundo semestre”, diz Spiess.

O analista ressalta que ainda em agosto, o orçamento público para 2026 deve ser formalizado e apresentado, o que deve gerar mais volatilidade aos ativos de risco, já que a questão fiscal segue como um calcanhar de aquiles.

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Em relação ao cenário internacional, Spiess acredita que o presidente americano, Donald Trump, não deve parar com sua caçada tarifária, causando efeitos de longo prazo nas relações entre os países.

“Precisamos de uma pacificação porque o cenário está muito estressado. Não só conosco, tem problemas envolvendo Índia, México, Canadá, então esse comportamento errático é muito prejudicial. Se a gente deixar a poeira baixar poderemos voltar a olhar para os fundamentos, como a temporada de resultados, que tem trazido dados interessantes”, disse.

O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques nos resultados corporativos no segundo trimestre de 2025 (2T25). Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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