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Carapreta não briga com JBS (JBSS3), mas quer conquistar mercado de carnes nobres, diz CEO

18 jun 2022, 18:13 - atualizado em 18 jun 2022, 18:36
Vitoriano Dornas CEO da Carapreta
CEO da Carapreta afirma que empresa quer ser reconhecida como a melhor do mundo em proteína animal. (Imagem: Divulgação/Carapreta)

A Carapreta é uma empresa que atua no mercado de carnes nobres, com três fazendas no Norte de Minas Gerais, 70 mil cabeças de gado e ostenta o maior rebanho de angus da América Latina. Apesar dos predicados, a companhia não está na briga direta com a JBS (JBSS3).

Em entrevista exclusiva concedida ao Agro Times, o CEO Vitoriano Dornas explica que a Carapreta quer ser reconhecida como a melhor do mundo quando se pensa em proteína animal. E trata-se de um mercado bilionário e em franca expansão.

“O Brasil produz em torno de 42 milhões de cabeças de gado por ano. Vejo potencial de crescimento do mercado entre 10% a 15% e, no caso da Carapreta, o valor agregado será maior com nosso foco nas classes A e B”, afirma.

Com a visão de produzir as melhores proteínas de origem animal do mercado mundial, dos cinco melhores restaurantes do Brasil listados na Forbes, dois – A Figueira Rubaiyat e Varanda – são de carne, e nos dois a carne é da Carapreta.

No ano passado, a Carapreta foi a primeira empresa do Brasil a ter certificação internacional de bem-estar animal Certified Humane – de bovinos e ovinos.

A projeção para 2022 é de 11,5 mil toneladas de produção de carne bovina, sendo que em 2021 foram 8.500 toneladas. A meta é chegar até 2023 em torno de 15 mil toneladas por ano, sendo 90% para o mercado interno e 10% para o mercado externo.

IPO e Diversificação

Carapreta
A Carapreta trabalha com os paladares mais exigentes e o seu CEO não descarta um IPO da empresa num futuro próximo. (Imagem: Divulgação/Carapreta)

Dornas revelou ao Agro Times que estão nos planos da Carapreta realizar um IPO (oferta pública inicial de ações).

Contudo, o executivo não pôde precisar uma data sobre quando a empresa pretende ter ações negociadas na Bolsa brasileira ou mesmo uma listagem no exterior, caminho esse que até a JBS volta e meia tenta emplacar.

Caso a listagem da Carapreta se concretize, os investidores poderão ter a sua disposição uma companhia do agronegócio brasileiro diversificada tanto em termos de produtos quanto de presença geográfica.

A Carapreta tem um modelo de negócio verticalizado de produção de proteínas (bovina, ovino e pescado, a tilápia), que tem o controle total da cadeia, desde a produção nas fazendas com área próxima de 30 mil hectares e tendo três indústrias (de bovino, pescado e ovinos).

Além da carne in natura, na carne bovina são mais de 50 tipos de cortes, no cordeiro mais de 15 tipos de cortes, e a tilápia e toda a linha de industrializados que são hambúrgueres e linguiças e carpaccio.

São mais de 600 skus (tipos de produtos) ativos. Tem ainda a linha de porcionados para varejo e food service.

“Já estamos presentes em 23 Estados brasileiros, além de 13 países mundo afora, em mais de cinco mil lojas. Trabalhando com os paladares mais exigentes, temos um oceano azul de crescimento, num modelo de negócio escalável e que galga mais margens”, afirma o CEO da Carapreta.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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