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Carrefour (CRFB3): Lucro de R$ 600 milhões no 2T22 surpreende e ações disparam 6%

27 jul 2022, 11:25 - atualizado em 27 jul 2022, 11:25
Carrefour CRFB3
Lucro de R$ 600 milhões do Carrefour no 2T22 surpreende (Imagem: Money Times/Rafael Borges)

O Carrefour (CRFB3) reportou resultados acima das expectativas no segundo trimestre de 2022, uma vez que a rentabilidade do varejo e do banco da rede surpreenderam positivamente, enquanto a performance do Atacadão permaneceu sólida, avaliam analistas.

O principal destaque foi o desempenho de vendas, com vendas nas mesmas lojas crescendo tanto no atacarejo como no segmento alimentar do varejo.

Os analistas ainda ressaltam que o balanço positivo apresenta um ganho de participação de mercado de 1,2 pontos percentuais (p.p.) para o Carrefour.

No pregão desta quarta-feira (27), por volta das 10h45, as ações da maior varejista do Brasil saltavam 6,56%, valendo R$ 17,86.

Após a divulgação, a XP Investimentos mantém recomendação “neutra” para CRFB3, dado o nível de valuation do papel, com um preço-alvo de R$ 19. Já a Genial Investimentos, indica a compra das ações, com alvo em R$ 22.

Trimestre surpreendente

Carrefour teve lucro líquido ajustado consolidado de R$ 600 milhões entre abril e junho deste ano, avanço de 1,3% em relação ao mesmo período de 2021. O consenso do mercado falava em lucro de R$ 475 milhões, segundo dados da Bloomberg.

Desconsiderando o recém-adquirido Grupo BIG, o lucro avançou 6,5% ano a ano.

Segundo Iago Souza e Laura Zioli, analistas da Genial, a categoria de varejo de alimentos continuou mostrando forte desempenho sequencial, mesmo diante de uma inflação de alimentos persistentemente alta.

“Para enfrentar esse cenário, consumidores têm direcionado seus hábitos de consumo para produtos mais baratos, dinâmica essa que podemos confirmar através da análise do aumento de penetração de marcas próprias das vendas totais”, Souza e Zioli.

Por outro lado, os analistas reforçam que o segmento não alimentar ainda encontra certa dificuldade na recuperação de vendas, pressionado pela categoria de eletroeletrônicos.

Com um Ebitda ajustado de R$ 326 milhões e uma margem Ebitda de 5,8%, o segmento de varejo sofreu com uma maior pressão na linha de custos de mercadoria vendida, apresentando um recuo de 1,4 p.p. na margem bruta ano a ano.

Os analistas afirmam que, por outro lado, as despesas administrativas, de vendas e gerais (SG&A) foram diluídas, consequência de um aumento no volume no varejo.

Atacadão brilhou

O Atacadão teve um “trimestre brilhante”, avaliam os especialistas. O braço de atacarejo do Carrefour foi impactado positivamente por um maior fluxo durante o período de aniversário da bandeira e, também, por uma forte dinâmica comercial, que levou a companhia a investir em preços.

O investimento ainda levou a margem bruta do Atacadão para 14,1%.

A diluição das despesas SG&A ajudaram a diminuir o impacto na margem Ebitda do período, que recuou 20 pontos-base, para 6,7%.

O canal digital da empresa também chamou atenção e já representa 3,4% das vendas totais da bandeira.

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