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Carrefour (CRFB3) no lucro, GPA (PCAR3) no prejuízo; veja os resultados desta terça-feira

07 maio 2024, 20:21 - atualizado em 07 maio 2024, 20:21
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Por outro lado, o GPA encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido das operações continuadas de 407 milhões de reais (Imagem: Reuters/Niharika Kulkarni)

O Carrefour Brasil (CRFB3) divulgou nesta terça-feira um lucro líquido de 39 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de 113 milhões de reais no mesmo período do ano passado, conforme balanço da varejista de alimentos.

Por outro lado, o GPA (PCAR3) encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido das operações continuadas de 407 milhões de reais, acima da perda de 319 milhões de reais um ano antes, afetado pela adesão ao programa de quitação de débitos de ICMS com o Estado de São Paulo e impairment após a venda da sede administrativa.

A rede de varejo alimentar, dona da bandeira Pão de Açúcar, também citou menor reconhecimento de créditos fiscais no Imposto de Renda e CSLL relacionados ao prejuízo fiscal acumulado. Excluindo esses itens, o resultado negativo seria de 194 milhões de reais, contra perda de 304 milhões de reais na base anual.

O GPA reportou que a partir do primeiro trimestre de 2024 as atividades dos postos de combustíveis passaram a ser tratadas contabilmente como operação descontinuada, uma vez que estão classificados como disponível para venda.

“O motivo de fazer essa segregação é exatamente porque nós já anunciamos que essa é uma operação que não vai fazer parte do nosso futuro, portanto, a gente segrega essa operação como descontinuada, disponível para venda”, explicou o diretor-presidente do GPA, Marcelo Pimentel.

Ele afirmou em entrevista à Reuters que a companhia continua avançando em negociações para poder realizar a venda, mas que ainda não teve um desfecho. “No momento em que isso acontecer, vamos comunicar ao mercado”, disse o CEO.

No consolidado, que contabiliza as operações continuadas e descontinuadas, a companhia teve prejuízo de 660 milhões de reais, ante perda de 248 milhões de reais um ano antes.

O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado, porém, saltou 71,1%, para 372 milhões de reais, com a margem aumentando de 5,2% para 8,1%. GPA Brasil teve um aumento de 41,4% no Ebitda ajustado, para 372 milhões de reais, com a margem passando de 6,3 para 8,1% entre os períodos.

A receita bruta cresceu 8,2%, para 4,867 bilhões de reais, com aumento de 10,3% nas vendas da bandeira Pão de Açúcar e de 22,8% no formato proximidade. A operação de e-commerce teve um incremento de 25,1%. No período, a margem bruta teve um acréscimo de 1,5 ponto percentual, a 27,2%.

As vendas em mesmas lojas da rede, que tem quase 70% do negócios direcionado para o cliente premium, mostraram elevação de 8,1% no primeiro trimestre, com expansão de 9,3% da bandeira Pão de Açúcar. A receita líquida aumentou 10,3%, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram 9,2%.

Sobre o segundo trimestre, Pimentel afirmou que o GPA experimentou uma “ressaca” na primeira quinzena de abril, após eventos como o Carnaval e a Páscoa se concentrarem nos primeiros três meses do ano. “Mas desde então a empresa está vendo uma recuperação e começamos bem em maio”, adiantou.

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