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Carreira em W e em Y; entenda a diferença e saiba como implementar

25 jan 2023, 17:00 - atualizado em 25 jan 2023, 15:55
Carreira em W e em Y surgem para dar possibilidades de evolução na trajetória profissional, mesclando posição técnica e de liderança (Imagem: Joshua Hoehne/Unsplash)

Ser líder ou gestor deixou de ser o ápice da trajetória profissional. Com o surgimento da carreira em W e em Y, o colaborador não precisa mais estar na posição de liderança para evoluir na carreira.

Ou seja, é possível ocupar uma posição de prestígio em áreas técnicas, mais especializadas, e, não necessariamente, ligadas à gestão. Além disso, o rumo profissional pode ser definido em três vias: mais técnica; ligada à liderança e unindo essas duas pontas.

“O advento da carreira em Y foi uma das coisas mais justas que vi acontecer no mercado de trabalho”, diz uma coordenadora de dados, em um relato pessoal no Linkedin. Segundo ela, que preferiu não ser identificada, o sistema foi adotado na equipe onde trabalha, “e já traz bons resultados”.

Afinal, o que é carreira em W e em Y?

De um modo geral, a carreira em W é a evolução profissional em que os cargos promovem a integração de perfis técnicos e gerenciais. Com isso, a empresa tem acesso a lideranças técnicas, que são adequadas para diversas situações.

“Nesse sentido, temos duas mudanças importantes”, explica a diretora de marketing digital e vendas da GPTW, Caroline Maffezzolli. Segundo ela, a primeira é definir como a empresa vai desenhar os planos de carreira: cargos, atribuições e requisitos. 

Já a segunda é guiar o processo de desenvolvimento individual, indicando quais são as competências e experiências relevantes para crescer na organização.

Caroline lembra que, no passado, a forma de promover e desenvolver pessoas era mais baseada na carreira linear. “Em certo ponto, geralmente, a pessoa ingressava em uma trajetória de crescimento, subindo em diferentes cargos e funções gerenciais: supervisor, gerente, executivo, diretor, por exemplo”, enumera.

Portanto, a tendência era o distanciamento do aspecto técnico e o foco em liderança e gestão. “A primeira mudança foi a carreira em Y”, explica a diretora. “O ípsilon representa um caminho que segue em linha reta e abre alternativas: técnica e gerencial”, emenda. 

Assim, aqueles que não desejam seguir uma carreira de gestão podem se tornar profissionais cada vez mais especializados em suas áreas. Por sua vez, a carreira em W realiza a integração entre o aspecto técnico e gerencial. 

“Ou seja, em vez de dois caminhos separados, cria-se um novo, que exige competências e experiências ligadas a ambas dimensões”, completa Caroline. Para ela, as vantagens da carreira em Y e em W são as oportunidades que se criam, tanto internas quanto de desenvolvimento dos colaboradores.

W, Y…e T

O ponto de partida para implementar esse sistema alternativo de evolução da carreira é entender as características de cada setor da empresa. Ainda segundo a diretora da GPTW, é muito comum que a carreira em W seja aplicável a departamentos em que as equipes são organizadas por projetos ou que realizam atividades especializadas.

Isso porque, nos projetos, a liderança que coloca a mão na massa é bastante comum. Já nas áreas mais especializadas, a carreira em W é mais uma opção, junto à carreira em Y. 

“Isto é, alguns profissionais focam em especializações cada vez mais aprofundadas, já outros mesclam esse perfil com o gerencial, liderando o grupo sem deixar de participar das atividades técnicas”.

Por sua vez, nas áreas mais administrativas, uma tendência similar à carreira W é a formação dos profissionais em formato T. “Nesse caso, o perfil profissional tem os conhecimentos generalistas exigidos pela gestão, mas é um especialista em alguma área específica”, explica.

Como implementar?

Seja qual for a opção da trajetória profissional – se em Y, W ou T – essa possibilidade na carreira possibilitam não só o desenvolvimento profissional. Afinal, também permite à empresa romper hierarquias, fomentando uma atuação mais integrada e criando cargos que combinam funções técnicas e gerenciais.

“Por isso, deve ser implementada nas áreas e empresas em que essas características fazem sentido para a estratégia da organização”, acrescenta Caroline. Ao combinar essas três possibilidades, cresce a probabilidade de implementar um sistema de carreira nos setores e atividades mais adequadas para esse modelo. Logo, pode colher os benefícios dessa tendência na empresa”, conclui.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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