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Cartão de crédito, cheque especial, empréstimo pessoal: O que fica mais caro com a Selic a 12,75%

04 maio 2022, 19:20 - atualizado em 04 maio 2022, 19:20
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Estratosféricos: juros do cartão de crédito alcançarão estonteantes 364% ao ano (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A Anefac (Associação Nacional de Executivos) divulgou nesta quarta-feira (4) suas simulações de mudanças nas principais taxas de empréstimos do país para pessoas físicas após a nova alta da Selic.

O Banco Central subiu a taxa básica de juros da economia brasileira em 1 ponto percentual, de 11,75% para 12,75%.

A alta do juros é uma tentativa da autarquia de controlar a inflação, atualmente acumulada em 11,30% nos últimos 12 meses. O BC segue a mesma linha de órgãos monetários de outros países que também tentam frear o aumento nos preços em escala global, principalmente em decorrência do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Segundo a Anefac, os empréstimos para a pessoa física como juros do comércio, cartão de crédito, cheque especial, CDC de bancos e empréstimo pessoal devem sofrer pequeno aumento com a elevação da Selic.

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Os juros no comércio devem aumentar de 83,73% para 85,43% na média do a/a. Em uma simulação realizada pela Anefac da compra de uma geladeira por R$ 1500 financiada em 12 meses, o aumento fará com que o produto fique mais de R$ 9 mais caro.

O cheque especial deve ir de 147,38% para 149,59% no ano, enquanto o cartão de crédito, atualmente nos 360,92%, atingirá 364,83%.

O empréstimo pessoal em bancos deve sair dos 57,54% anuais e chegar nos 59%. Isso representa um acréscimo de quase R$ 30 em um empréstimo de R$ 5000 financiado em 12 meses.

Para quem deseja financiar um veículo através de CDC em banco, cuidado — com a elevação da taxa anual de 26,08% para 27,27%, a compra de um veículo de R$ 40000 financiado em 60 meses terá em média um acréscimo de R$ 22 por parcela, resultando em um aumento de mais de R$ 1330 ao final do período.

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Estagiária
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.
laura.intrieri@moneytimes.com.br
Graduanda em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, com enfoque acadêmico em Finanças Públicas. Tem experiência em empreendedorismo e novos negócios, tendo atuado na aceleradora de startups FGV Ventures. Participou da produção de podcasts sobre políticas públicas e atualidades, como "Dos dois lados da rua", "Rádio EPEP" e "Impacto FGV EAESP Pesquisa". Atuou como repórter na revista estudantil Gazeta Vargas.