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Casas Bahia (BHIA3) recua 5% com cenário macro pesando sobre avanço operacional; veja o que fazer, segundo 4 analistas

14 ago 2025, 12:30 - atualizado em 14 ago 2025, 12:30
casas bahia
As ações da Casas Bahia reagem negativamente ao balanço do segundo trimestre de 2025 (Imagem: Casas Bahia/Divulgação)

As ações da Casas Bahia (BHIA3) reagem negativamente ao balanço do segundo trimestre de 2025, que mostrou uma reversão do lucro reportado no mesmo período no ano anterior para prejuízo de R$ 555 milhões. Analistas veem a companhia sendo pressionada pelo atual cenário macroeconômico.

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Na linha ajustada pela modificação da dívida e atualização monetária, o resultado fica negativo em R$ 423 milhões, uma piora de 10,1% ante o mesmo trimestre em 2024.

A companhia atribui o resultado à alta taxa de juros, apesar da retomada de crescimento de receita e melhora gradual da rentabilidade.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede o desempenho operacional, cresceu 26,5% em relação ao mesmo período em 2024, atingindo R$ 572 milhões. Já a margem Ebitda ajustada avançou 1,3 ponto percentual, para 8,3%.

Por volta de 12h17 (horário de Brasília), as ações BHIA3 caíam 5,05%, a R$ 2,82. Acompanhe o tempo real.

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Na visão do BTG Pactual, o balanço deste trimestre mostrou uma nova evolução operacional, levemente acima das estimativas e favorecida por uma base de comparação fraca na comparação anual.

Os analistas destacam o desempenho do volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês). No trimestre, a companhia teve um crescimento do GMV de lojas físicas de 5,8% e vendas de mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) de 6,7%. Já o crescimento do GMV de e-commerce foi de 10,4% em comparação anual.

A equipe de analistas liderada por Luiz Guanais pontua que, apesar do avanço operacional, o cenário de curto prazo segue desafiador, com juros altos e competição intensa. O banco mantém recomendação neutra.

A XP Investimentos, que também mantém uma recomendação neutra, destaca que a Casas Bahia reportou um crescimento moderado da receita, com melhoras na rentabilidade devido ao controle de despesas operacionais e fluxo de caixa livre positivo, embora ainda com prejuízo líquido.

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“Embora o plano de transformação da empresa esteja evoluindo bem, continuamos vendo o cenário macro fraco como um desafio para suas categorias principais, enquanto, apesar da recente conversão de debêntures que deve proporcionar um alívio importante, os resultados financeiros devem continuar pressionando o lucro líquido em meio a juros elevados”, diz a equipe de analistas liderada por Danniela Eiger.

Compra x Venda

Na visão da Genial Investimentos, o desempenho reportado pela Casas Bahia está em linha com o esperado para uma empresa que, mesmo em um cenário adverso, acumula avanços operacionais.

Do lado operacional, o analista Iago Souza avalia o trimestre como consistente, tendo superado o resultado do Magazine Luiza no mesmo período, tanto em margens, quanto em crescimento.

“O que pesou foi o resultado financeiro. Com a alavancagem ainda elevada e uma Selic de 15% no período, a linha de despesas financeiras continuou sendo o ‘calcanhar de Aquiles’, levando o prejuízo líquido a R$ 555 milhões”, pondera o analista.

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Comparando com o primeiro trimestre deste ano, o trimestre mostra avanços na margem Ebitda, que veio levemente maior, geração de caixa mais robusta e uma estrutura de capital menos pressionada. Para a Genial, esses fatores abrem espaço para um terceiro trimestre que, em tese, pode repetir ou até superar o desempenho operacional recente.

A Genial tem recomendação de compra para BHIA3, com preço-alvo de R$ 4.

Por outro lado, o Safra mantém uma recomendação underperform (equivalente à venda), tendo em vista apesar dos números em linha e da redução da dívida líquida no trimestre, o que indica que a recuperação está dando frutos, vê resultados como neutros.

Os analistas do banco colocam que essa queda da dívida líquida foi impulsionada pela monetização de um crédito fiscal de R$ 1 bilhão nos últimos 12 meses. Excluindo esse efeito, a empresa continuou a queimar caixa de suas operações.

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“Esse fato reforça o desafio da empresa em reverter seu prejuízo líquido em um cenário macroeconômico difícil, que impacta negativamente tanto as vendas quanto as despesas financeiras. A conversão de dívida em capital próprio deve ajudar o balanço da empresa nos próximos trimestres, mas deve implicar em uma diluição maciça do capital. Portanto, reiteramos nossa recomendação de underperform“, dizem os analistas Vitor Pini, Tales Granello e Renan Sartorio.

Hora de comprar ou de vender Casas Bahia?

Banco/Corretora Recomendação Preço-alvo
BTG Pactual Neutra R$ 3
Banco Safra Underperform R$ 4
Genial Investimentos Compra R$ 4
XP Investimentos Neutra

 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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