Giro do Mercado

Casas Bahia (VIIA3): Oferta de ações vai resolver o problema da empresa?

15 set 2023, 9:07 - atualizado em 15 set 2023, 10:54
(Imagem: Divulgação/Casas Bahia)
Via já tem um plano de otimização em curso. (Imagem: Divulgação/Casas Bahia)

A oferta de ações do Grupo Casas Bahia (VIIA3), conhecido anteriormente como Via, pode não ser o suficiente para que a empresa reequilíbrio seu balanço, teme parte do mercado.

A empresas levantou R$ 622 milhões, de acordo com documento divulgado nesta quinta-feira (14). A expectativa inicial da companhia era de que a oferta pudesse movimentar quase R$ 1 bilhão.

O analista Fernando Ferrer, da Empiricus, alerta para a possibilidade de o valor ser ainda menor. Isso porque, desde que anunciou a operação, o rating dos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) da companhia foi rebaixado pela S&P.

Com isso, investidores que haviam feito a reserva na oferta de ações puderem desistir da operação. Além disso, os credores dos CRIs poderão declarar o vencimento antecipado dos títulos. A empresa teria, então, que possivelmente usar parte do dinheiro da oferta de ações para honrar esses compromissos, alertou Ferrer durante o Giro do Mercado. Veja a live completa abaixo:

Seriam R$ 400 milhões para pagar a antecipação dos CRIs, de acordo com o analista. Fontes próximas da empresa não veem a antecipação da dívida acontecendo – seria necessário a aprovação em assembleia com titulares dos CRIs.

A empresa está em período de silêncio e não comenta o assunto.

Ferrer acrescentou que vê o Grupo Casas Bahia tentando reduzir o quadro de funcionários, citou a possibilidade de redução do parque de lojas deficitárias e falou de mudança na forma com que os vendedores são remunerados.

Oficialmente, a Via já tem um plano de otimização em curso.

“Hoje eles [os vendedores] são remunerados de acordo com a margem bruta. Isso faz com você tenha um estoque muito grande de produtos que têm uma margem bruta abaixo da remuneração ótima dos vendedores”, explicou, acrescentando que as métricas poderiam ser mudadas.

“Poderia haver uma venda forte desses produtos, gerando caixa”, disse.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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