Ibovespa Cautela da Energisa com setor de gás não abala confiança do Safra no papel
O Safra defendeu mais uma vez a compra da ação da Energisa (ENGI11), mantendo-a como top pick no setor elétrico, depois da videoconferência realizada ontem (13) com Maurício Botelho, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia.
Além da ação ser negociada a níveis bastante atrativos, os analistas do banco destacaram a “sólida formação em processos de recuperação” e a gestão de alta qualidade da empresa.
O Safra não se intimidou com os possíveis desafios que a Energisa deve enfrentar no segmento de gás. A companhia disse que está cautelosa em relação ao crescimento da categoria por diversos motivos: falta de clareza na regulamentação para distribuição de gás; marco legal ainda na fase inicial; monopólios estabelecidos; e pouco investimento em infraestrutura por parte dos estados.
Por outro lado, a companhia mostrou confiança com a revisão tarifária extraordinária (RTE) das operações no Acre e em Rondônia, em curso na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O Safra relembrou que o processo do ano passado continua em análise.
“Energisa e Equatorial (EQTL3) ingressaram com ações judiciais e, caso o desfecho seja positivo, a empresa poderá auferir benefícios com a postergação da revisão tarifária por meio do reconhecimento de componentes financeiros”, disse o analista Daniel Travitzky.
Outro destaque da reunião foi a Alsol, que tem uma janela de oportunidade em geração distribuída (GD) por meio da implantação de geração solar a pequenas comunidades usando microrredes.
“A velocidade de crescimento pode depender de quão acirrada será a competição, mas a Alsol está atualmente se expandindo para o segmento de varejo, reunindo vários clientes para vender energia de pequenas usinas solares (até 5 MW)”, concluiu Travitzsky.
O preço-alvo indicado pelo Safra para o papel da Energisa é de R$ 57.
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